Jerôme Kerviel foi condenado a cinco anos de prisão dos quais três em prisão efectiva e a reembolsar 4,9 mil milhões de euros à Société Générale.
O tribunal reconheceu o trader culpado de abuso de confiança e deu como provado que ele actuou em conhecimento de causa para além do seu mandato de corretor, recorrendo a métodos fraudulentos.
Para o advogado da Société Générale, “é o reconhecimento de que o banco não dava cobertura ao sistema de fraude utilizado por Jérôme Kerviel e que a Société Générale era completamente alheia às mentiras, aos sistemas de documentos falsos e tudo o que fez com que Jérôme Kerviel tivesse enganado a sua hierarquia”.
Para a defesa, a sentença “não é razoável” e é mesmo “implausível”. O advogado de Jerôme Kerviel, já anunciou que vai recorrer. À saída do tribunal afirmou: “Tenho o sentimento que Jérôme Kerviel está a pagar sozinho por todo um sistema. Está revoltado porque os que fabricaram o sistema são totalmente exonerados de responsabilidade”.
Segundo o tribunal, o corretor ultrapassou o quadro das suas funções, desenvolvendo operações especulativas sem conhecimento do banco, em proporções gigantescas, recorrendo a falsificações, utilização de documentos falsos e introdução fraudulenta de dados no sistema informático.
Bem dizia Dias da Cunha, que o mal estava no sistema. Parece que é um vírus que vai desformatando a “vida dura”, dando origem a uma “vida ainda mais dura”.
Eu bem digo que nunca vi ninguém queimar dinheiro. Ele anda todo por aí e em boas mãos.
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