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domingo, 12 de setembro de 2010

“Redes sociais, segregação e pobreza” para (re)conceptualizar “pauperofilia”

Nos últimos 40 anos, pesquisas sociológicas apontaram três factores como principais causadores da pobreza urbana internacionalmente:
a) Políticas e acções do Estado;
b) Dinâmicas dos mercados de trabalho e
c) Comportamentos individuais.
Em Redes sociais, segregação e pobreza, Eduardo Marques não nega a importância de tais dimensões, mas investiga as causas da perpetuação da pobreza a partir das redes sociais – conceito que, segundo o cientista social, representa o conjunto mutável de relações de diferentes tipos acumuladas ao longo da vida dos indivíduos.
Esta obra busca entender, sobretudo, o funcionamento das redes de contactos dos mais pobres, que vivem em diferentes condições habitacionais e de segregação em centros urbanos, a relação destas com o acesso a bens e serviços que podem atenuar ou reforçar a pobreza e “os mecanismos pelos quais elas influenciam as condições de vida, a pobreza e as desigualdades sociais no quotidiano dos indivíduos”.
O livro é indicado, não apenas aos estudiosos da disparidade social, mas também aos responsáveis pela elaboração de políticas públicas, permitindo compreender de forma mais precisa os processos que contribuem para a reprodução da pobreza no quotidiano dos indivíduos e que explicam em parte a resiliência do fenómeno.
Eduardo Marques é mestre em Planeamento Urbano (IPPUR/UFRJ), Doutor em Ciências Sociais (IFCH/Unicamp), Professor Livre-docente do Departamento de Ciência Política da USP e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cebrap). É autor de artigos e livros sobre políticas públicas, desigualdades, segregação e pobreza urbana.
“ Redes sociais, segregação e pobreza” livro da Fundação Editora da Unesp
Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelos sites:

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