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sábado, 18 de setembro de 2010

Ou como o título de uma não-notícia engana um leitor

Esquerda e direita uniram-se hoje na crítica ao diploma que alterou as regras de acesso aos apoios sociais, em vigor desde Agosto, acusando o Governo de atacar os mais desprotegidos e desfavorecidos.
PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP, que requereram a apreciação parlamentar do Decreto-Lei 70/2010, não pouparam críticas aos socialistas, mas a esquerda não conseguiu aprovar a revogação do diploma.
A alteração do conceito de agregado familiar, as novas fórmulas de cálculo "per capita" e a forma de contabilização dos rendimentos foram os principais pontos de discórdia.
Os centristas focaram o corte das prestações para os idosos e crianças, em contraste com a facilidade em aceder ao Rendimento Social de Inserção (RSI) e anunciaram que o CDS-PP vai propor uma auditoria global para combater a fraude e que o governo devia ir mais longe na "moralização do rendimento mínimo" em vez de cortar nas ajudas para os medicamentos dos pensionistas.
O PSD alinhou nas críticas, elegendo como alvo os beneficiários do RSI, protegidos pela "mão amiga do PS", e a sublinhar que "nunca tantos receberam tão pouco".
Comunistas e bloquistas argumentaram, que a crise está a ser paga pelos mais pobres, enquanto o governo privilegia a banca.
O secretário de Estado da Segurança Social acusou a esquerda de "radicalismo imobilista" e rejeitou o "radicalismo persecutório da direita", mas optou por não responder porque é que quem tem 100 mil euros no banco pode beneficiar do RSI.
PCP, BE e Partido Ecologista "Os Verdes" votaram a favor da revogação do DL 70/2010, mas foi inviabilizada pelo PSD e CDS-PP, que se abstiveram, e pelo voto contra do PS.
Começamos a ler o título e pensamos que a notícia dizia respeito a uma vitória inesperada e chegados ao último parágrafo, deparamos com uma derrota natural, o que torna a notícia numa não-notícia,
Ora bolas! Mais uma “derrota de cabeça erguida/vitória moral”, da era do Sr. Madail e a culpa não foi do árbitro…

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