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domingo, 12 de setembro de 2010

“Os mais ricos não são necessariamente os mais generosos”

O World Giving Index 2010, o extenso estudo feito por investigadores da Gallup para a organização britânica Charities Aid Foundation, sugere que se repensem ideias feitas. O índice mostra que, quando a "generosidade" é avaliada num sentido "mais vasto do que apenas dar dinheiro", os países que se destacam não são necessariamente os mais vulgarmente vistos como os mais filantrópicos.
É em Malta que mais cidadãos declaram dar dinheiro a instituições, no Turquemenistão que um maior número ajuda terceiros e na Libéria que os estranhos têm mais hipóteses de auxílio.
Os mais ricos não são necessariamente os mais generosos. Se não espanta que australianos e neozelandeses liderem, ex aequo, o primeiro Índice de Generosidade Mundial, divulgado esta semana, já pode surpreender que em lugar de destaque surjam países como o Sri Lanka, o Laos, a Serra Leoa ou o Turquemenistão.
A análise da Gallup considera que a generosidade está mais relacionada com a felicidade das pessoas do que com a sua riqueza material. "É razoável concluir que dar é um acto mais emocional do que racional."
A idade parece influenciar comportamentos: uma hipótese admitida é de que a maior generosidade esteja relacionada com o aumento do rendimento disponível. Quanto ao género, as mulheres são mais solidárias, mas por uma margem muito estreita: 30 % contra 29%.
Esta notícia e as conclusões, trazem-me à memória uma sugestão que o israelita Shimon Peres disse um dia e não há muitos anos: “ Em vez dos países ricos darem dinheiro aos países pobres, seria mais eficaz que os ricos dos países pobres doassem aos pobres dos países ricos.”
Ele sabia o que dizia e pensando depressa e bem… o Haiti (e tantos outros países) já estaria reconstruído.

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