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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

“God save Obama!”

Um em cada sete norte-americanos vive abaixo do limiar da pobreza (rendimento anual inferior a 22.050 dólares - ou 16.860 euros - de uma família de quatro pessoas), o que representa cerca de 14% da população (305.000.000) do país, segundo dados do Censo de 2009. Este nível é considerado dramático e já não se via desde 1965, quando outro presidente democrata, Lyndon B. Johnson, declarou guerra à pobreza.
A publicação dos dados constitui duro golpe para a Administração democrata de Barack Obama, cujo partido enfrenta eleições intercalares para o Congresso dentro de seis semanas. "A acção mais importante contra a pobreza é conseguir que a economia cresça e garantir que haja empregos", afirmou Barack Obama há poucos dias. Os novos dados cobrem o primeiro ano de Obama no poder, quando o desemprego atingiu o recorde de 10% meses depois da pior crise económica nos EUA desde os anos da Grande Depressão (1930).
Segundo os dados agora publicados, a linha de pobreza nos EUA situa-se:
Para 1 só pessoa, em 10.830 dólares (8.281 €) anuais;
Para um casal em 14.570 dólares (11.140 €);
Para uma família de 3 elementos em 18.310 (14.000 €) e
Para uma família de 4 pessoas em 22.050 dólares (16.860 €) anuais.

Embora nada tenha a ver com a teoria da relatividade, o nível de pobreza (extrema, ou não) é relativo de país para país. Se comparamos com os rendimentos dos EUA acima com os 365(?) dólares ganhos por ano, por uma pessoa que trabalhe no oriente, ou num país de outro Continente, em que o salário é 1 dólar/dia (contando os fins-de-semana), a coisa nem estaria má. Também se pode constatar, que a pobreza é apátrida e que os EUA, afinal também têm muita pobreza. Mas…
Fazendo uma análise do texto (sem querer julgar o mensageiro), há três destaques que se devem fazer:
1. Quando se refere que outra situação dramática aconteceu com outro presidente democrata, pretende-se dizer que os Democratas são os responsáveis pelos problemas do presente, ou são presentes envenenados dos Republicanos que os antecederam e lhes deram origem?
2. Quando se diz que os dados são um duro golpe para a administração Democrata de Barack Obama, está-se a insistir na falácia anterior, acrescentando-se o nome de Obama, será também para o responsabilizar pelos erros do seu antecessor, Republicano e de nome Bush?
3. Quando se insiste que os novos dados cobrem o primeiro ano de exercício de Obama como Presidente dos EUA, será mesmo para o responsabilizar pessoalmente pela herança recebida?
Claro que não tenho nada que me imiscuir na política de outros países, mas que os nossos jornalistas enveredem com “actos falhados” a manipular a nossa opinião sobre a realidade, esquecendo-se, ou ignorando a CAUSALIDADE, alguém tem que desmontar a leitura enviesada, que se pode fazer…
Tudo isto, porque como já disse, tenho fé no Obama e é injusto julgá-lo “sem justa causa” e pronto!

2 comentários:

  1. e dizes muito bem!
    eu acrescento pront(us), em vez de pronto.
    o país das oportunidades já não é o que era...e eu nunca imaginei ver sem abrigos em Berlim e encontrei uns quantos...a pobreza é mesmo apátrida e não tem preconceitos...

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  2. Pois é! Mas descobrirem que a herança deixada por Bush foram dívidas, guerra, desemprego e pobreza e querem passar a mensagem de que o Obama é o responsável, é dose!!!

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