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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A olho nu, não se vê como é que Portugal é cúmplice

As populações estão a usar recursos naturais equivalentes a um planeta e meio, com um consumo «excessivo» e elevadas emissões de dióxido de carbono, e a maior pegada ecológica regista-se nos países com maiores rendimentos, anunciou hoje a WWF.
A organização de conservação da natureza divulgou hoje o seu relatório «Planeta Vivo 2010» sobre a situação do planeta onde conclui que «a procura humana de recursos naturais está a atingir níveis nunca vistos, rondando os 50 por cento acima do que a terra pode oferecer».
A pegada ecológica, um indicador que avalia a utilização da natureza pelas populações, mostra que a «pressão sobre os recursos naturais duplicou desde 1966 e estamos a usar o equivalente a 1,5 planetas para suportar as nossas actividades».
Portugal é o 39.º país com impactos ambientais mais elevados relativos ao consumo de recursos naturais, embora a pegada ecológica portuguesa tenha diminuído face a 2005, anunciou hoje a WWF.
"A pegada ecológica per capita de Portugal em 2007 posiciona o país em 39.º lugar", com 4,5 hectares, quando a pegada mundial é de 2,7 hectares, refere a organização de conservação da natureza.
A biocapacidade, indicador relacionado com a capacidade regenerativa do planeta para satisfazer as necessidades da humanidade, é em Portugal de 1,3 hectares por pessoa (ocupa o 85.º lugar entre 124 países) quando em 2005 era de 1,2 hectares.
Assim, "Portugal está em défice ecológico, pois a pegada ecológica, de 4,47 hectares por pessoa, excede o valor da biocapacidade, de 1,3 hectares por pessoa", segundo a WWF.
"A pegada portuguesa diminuiu em relação a 2005 devido fundamentalmente a reduções da produção a nível nacional, que se traduziram em menores emissões de dióxido de carbono, resultando numa menor pegada de carbono", explica a organização.
A Pegada Ecológica foi criada para nos ajudar a perceber a quantidade de recursos naturais que utilizamos para suportar o nosso estilo de vida, onde se inclui a cidade e a casa onde moramos, os móveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que utilizamos, o que comemos, o que fazemos nas horas de lazer, os produtos que compramos, entre outros.
A Pegada Ecológica não procura ser uma medida exacta mas sim uma estimativa do impacto que o nosso estilo de vida tem sobre o Planeta, permitindo avaliar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a sua capacidade de disponibilizar e renovar os seus recursos naturais, assim como absorver os resíduos e os poluentes que geramos ao longo dos anos.
No conceito de Pegada Ecológica está implícita a ideia de que dividimos o espaço com outros seres vivos e um compromisso geracional, isto é, “capacidade de uma geração transmitir à outra um planeta com tantos recursos como os que encontrou”.
Dado o nosso estilo de vida, que por razões económico-financeiras é um pouco monástico, o abandono da agricultura que as cotas da UE nos impuseram (e a preguiça) e a baixa industrialização do país (são mais supermercados), não dá para aceitar a classificação, tanto mais que há uns anos atrás, num livro publicado por Al Gore, Portugal era inofensivo e até tinha bastante crédito no que dizia respeito à poluição, pelas razões apontadas acima.
Pode ser que haja pouca gente a fazer muito lixo e isso é notório…

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