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domingo, 10 de outubro de 2010

Causalidades invertidas, veneravelmente…

A economia global precisa criar 440 milhões de empregos nos próximos dez anos para aqueles que irão entrar pela primeira vez no mercado de trabalho, disse Juan Somavia, Director-geral do Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Escritório Internacional do Trabalho e do Comité Financeiro e Monetário Internacional.
"O mundo está a deparar-se com um défice de emprego global, que está a atrapalhar a recuperação dos países e a gerar tensões sociais", disse o Director, ao falar ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A crise aumentou o número de desempregados de 30 milhões em 2007 para cerca de 220 milhões, actualmente. "Houve uma interrupção no longo declínio do número de pessoas em extrema pobreza por causa da recessão e o Banco Mundial estima que mais 76 milhões de pessoas estão a sobreviver com menos que os US$ 2 por dia, em comparação às estimativas do período pré-crise", disse.
Somavia acrescentou que é preciso adoptar políticas de incentivo às contratações e que, no curto prazo, a consolidação fiscal em vários países irá enfraquecer a retoma global antes que o consumo nos lares e investimentos nos negócios consigam recuperar-se o suficiente para entrar numa tendência de crescimento.
Com que então, o défice de emprego global está a atrapalhar a recuperação dos países e a gerar tensões sociais. Não será o contrário? Ou seja, a crise económico-financeira que se abateu sobre os países, por via dos especuladores internacionais não é que está a atrapalhar o défice de emprego e consequentemente a chocar tensões sociais? Até parece o Venerável…
A Crise não é a Causa do Desemprego?
O Desemprego não é o Efeito da Crise e Causa da Pobreza?
A Pobreza não é o Efeito do Desemprego e a Causa das Tensões Sociais?
As Tensões Sociais não são o Efeito do Desemprego?
E qual é a Causa da Crise, na análise do Director da OIT?
E quem é que tem que incentivar ou fazer investimento a curtíssimo prazo?
E como é possível obrigar os cada vez menos detentores da riqueza a investirem no trabalho, para diminuírem o número dos cada vez mais pobres, se até jogam na Bolsa com os próprios países?
Este discurso, tão recorrente do lado do poder e do poderio, confunde-nos, se pensávamos que a OIT estava do lado dos cidadãos e servia para algo mais do que fazer Relatórios e ditar orientações humanistas sobre os direitos dos trabalhadores.

2 comentários:

  1. Mas julgarão eles que somos todos totós? parvitos?
    porca miséria!

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  2. Ema
    Pelo menos, calamos e comemos. E os argumentos são tão tontos, que qualquer dia até Eles acreditam neles prórios..

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