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sábado, 16 de outubro de 2010

As TVs e os sabonetes que lavam a crise

Manuel Alegre defendeu hoje que os canais de televisão devem ouvir diferentes economistas sobre a crise e não convidar "apenas ex-ministros das Finanças que acabam por cortar a esperança e o direito ao sonho”.
Num debate com estudantes e professores da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, subordinado ao tema “Inovação e emprego - Que futuro para as novas gerações?”, insurgiu-se contra o alegado privilégio que os canais de televisão concedem aos “campeões do corte”, especialistas que insistem “em cortar mais, cortar mais…”. “Acabam por cortar nas prestações e nos salários, como acabam por cortar a esperança e o direito ao sonho”, reiterou. Em tempo de crise, “isso faz mal à saúde da República e faz mal à saúde das pessoas”, referiu. “Eles já foram ministros das Finanças e não impediram que Portugal chegasse onde chegou”, acusou.
Segundo Alegre, as televisões portuguesas devem ouvir também a opinião de “grandes economistas que ensinam nas universidades” e “gostaria muito que dessem voz a outros economistas, como José Reis, José Maria Castro Caldas, João Rodrigues, João Augusto Ferreira do Amaral e Miguel Santos”, entre outros.
“Quem vai à televisão são ex-ministros da Finanças que quando lá estiveram (no Governo) conduziram o país às mesmas situações”, acentuou. Esses economistas “não foram capazes de prever as crises e utilizam as mesmas receitas e os mesmos remédios” para a crise, criticou.
Sobre o futuro das “novas gerações” no actual quadro político-económico do país, Alegre exortou os jovens a protagonizarem uma “revolta pacífica” contra a precariedade no emprego: “Não se pode aceitar a inevitabilidade da precariedade” e “a nova geração não deve aceitar a precariedade como uma fatalidade” pelo contrário, afirmou, os jovens “devem organizar-se e dar um sentido colectivo à sua intervenção cívica e contribuir para mudar o país”.
Pensado e dito, já eu o tenho feito, aqui e em outros fóruns, mas ninguém me liga.
Por isso é bom que alguém que se faz ouvir, denuncie estas evidências, embora não tenha referido que esses ex-ministros, ainda trabalham no sistema e são a estrutura do mesmo, ao serviço da Banca, de Administrações Públicas, Privadas e Público/Privadas (sem falar no envolvimento político-partidário).
Só faltou falar nos Banqueiros, a quem têm dado o mesmo papel, pelo mesmo preço.
Nunca se viu nas TVs, tanto Economista e Banqueiro por metro quadrado e todos a repetir a “cassete” em defesa dos seus interesses, que são os interesses da Nação, obviamente…

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