Em Portugal cerca de 2.300.000 de pessoas terão até ao final do ano Seguros de Saúde, anunciou hoje a Associação do sector, destacando que os resultados do ramo doença apontam para "uma tendência de equilíbrio".
O número de pessoas em Portugal "que têm seguros de doença deverão situar-se entre os 2.200.000 e os 2.300.000 no final deste ano, o que corresponde a uma evolução natural e positiva, prevendo-se que os resultados neste ramo da actividade seguradora apontem para uma tendência de equilíbrio", disse o Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, num encontro que serviu para fazer um ponto de situação sobre a actividade seguradora no "Ramo Doença" em 2009, face ao ano anterior.
Não sendo contra o Sector Privado nas áreas em que penso que até deve ser obrigatória a sua actividade, concretamente fora das áreas dos Direitos Sociais e Políticos, faz-me espécie que, tendo Portugal um Serviço Nacional de Saúde (SNS), que por muito mal que se diga dele, até funciona, haja uma crescente e forte adesão aos seguros privados.
É lógico que não são as más notícias sobre o SNS que assustam as pessoas, mas são certas pessoas e sobretudo os anúncios/ameaças do sector do Governo, com grande eco na Comunicação Social, que empurram as pessoas para tais opções.
Sabemos todos que estamos muito longe da situação dos EUA, ou do Brasil, em que os Seguros de Doença são incomportáveis pelos cidadãos, porque a alternativa que o Estado oferece, é pior do que muito má. Ressalvo os EUA, em que no ano, Barak Obama, conseguiu impor um SNS, contra a vontade dos políticos mais poderosos, de direita e de esquerda, conseguindo uma vitória para o seu povo, que inacreditavelmente contestou esse direito, seguramente por manipulação, porque de racionalidade nada tinha.
Mais um bocadinho e todos os portugueses terão um Seguro de Doença (privado), por enquanto relativamente barato, mas que subirá vertiginosamente quando for “monopólio” e o Estado (neoliberal) deixará então cair mais um dos Direitos Sociais.
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