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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Património construído, também fala a nossa língua

Interior da Sé Catedral, arquitectura colonial Portuguesa, Velha Goa 
O 12.º Encontro do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP), que vai realizar-se em Macau no próximo fim-de-semana, vai discutir a inclusão de Goa como membro efectivo da organização.
O anterior encontro de Arquitectos Lusófonos foi em São Paulo, no Brasil, em 2009. Este ano, a reunião regressa a Macau, hoje Região Administrativa Especial da China, depois de ter sido realizada pela primeira vez no território em 1999, na recta final da Administração Portuguesa.
A Assembleia-geral do CIALP está agendada para sexta-feira e sábado na Casa Garden e “será discutida a inclusão de Goa como membro efectivo”, disse o Vice-Presidente da Associação dos Arquitectos de Macau – que organiza este ano o encontro -, Rui Leão.
“Esta inclusão de Goa, que até agora tem sido membro observador do CIALP, tem sido um trabalho desenvolvido pela Associação de Arquitectos de Macau”, salientou o responsável, acrescentando que “todos os locais onde exista arquitectura de matriz portuguesa têm muitos pontos de contacto ao nível da profissão”.
“O facto de Goa não ser um território lusófono desfavorece a sua inclusão numa série de iniciativas em que faz sentido participar, por ter muito património de matriz portuguesa e uma vertente cultural ainda muito ligada a Portugal”, disse Rui Leão e referiu ainda que durante a reunião do Conselho serão discutidas outras questões relacionadas com o “estabelecimento de relações entre as diferentes associações de arquitectos de língua portuguesa, através de protocolos, acordos e relações interprofissionais, bem como projectos de divulgação da arquitectura dos diferentes territórios”.
O 12.º Encontro do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Portuguesa congrega mais de 100.000 arquitectos representados pelas respectivas Ordens e Associações e contará com a participação de cerca de 25 arquitectos da lusofonia e uma delegação de Goa.
Se a língua algum dia deixasse de servir de instrumento de comunicação entre comunidades, o Património Construído, continuaria, sempre em silêncio, a apregoar a Cultura que lhe deu origem e a conviver, pacificamente, com a(s) Cultura(a) do(s) território(s) onde foi implantado.

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