Com uma das dívidas públicas mais elevadas do mundo e uma crise política que pode acabar com Silvio Berlusconi, a Itália corre o risco de virar a bola de vez na Europa, diante da ameaça de contágio com a crise financeira.
"A boa notícia é que a Itália, a terceira economia da zona do euro, não é como a Irlanda ou a Grécia. A má notícia é que a Itália é como Portugal", que "cresce tão lentamente" que o seu rendimento fiscal poderia ser insuficiente para cobrir suas necessidades de financiamento, escreveu Irwin Stelzer, economista do Hudson Institute. A "pior notícia" é que a economia italiana é maior que a da Espanha, país considerado "grande demais para quebrar", mas que a zona euro não poderia salvar, acrescentou.
Por enquanto, a Itália não sofre uma ameaça directa de um possível contágio, no entanto, o país poderia ser apanhado pela tempestade por causa da sua Dívida Pública, pois é uma das mais elevadas do mundo e representa 120% do seu PIB.
Na segunda-feira, o Tesouro italiano disponibilizou cerca de 7 mil milhões de euros em obrigações, mas a sua taxa de juros aumentou com força desde então.
É por esta e por outras, que não se entende (penso que nem os especialistas) qual é o critério do Mercado na escolha das suas vítimas, porque a dar crédito ao Relógio da Dívida Pública (no topo do blogue), Portugal não deveria ser apetitoso, porque há maiores economias em pior situação. Claro que estrategicamente, para acabar com o Euro, é mais fácil começar por abater os mais fracos, mas os mais fortes têm a obrigação de perceberem a armadilha, mas...
Os bancos de Portugal estão a comprar os bónus do Governo do país num ritmo mais rápido, uma medida que pode gerar um risco para as instituições e destaca as contradições que as autoridades europeias estão a enfrentar para tentar salvar as economias da região.
As autoridades europeias estão a fornecer financiamentos baratos para os Bancos através do BCE, e os economistas dizem que os bancos parecem estar a usar esse dinheiro para comprar bónus do Governo, tornando o sistema bancário vulnerável a riscos associados com dívidas soberanas.
De acordo com o Banco de Portugal, as instituições financeiras, incluindo os bancos, investiram este ano 17,91 mil milhões de euros nas Dívidas Públicas do país até Setembro.
A compra de dívidas do governo pode ser lucrativa, já que o BCE empresta aos bancos a uma taxa de cerca de 1% e estes títulos actualmente oferecem um juro de quase 7%.
Mas o medo dos investidores de que países europeus não sejam capazes de pagar as dívidas, vale também para o Sector Privado.
Quando Louçã denunciou esta patranha, o silêncio dos “acusados” foi denunciador. Agora são os jornalistas a exporem na comunicação social a “verdade dos factos”, ou seja, são os “nossos” Bancos, que depois de terem mamado no Estado os nossos impostos, estão a lucrar com a crise que criaram, continuando a mamar-nos.
Grande patriotismo hipócrita e grande oportunismo consentido pelo Estado (Social) “regulador”…
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