Novas subidas de impostos ou cortes nas pensões podem forçar o Governo e o PSD a um novo entendimento em nome do "interesse nacional" - ou, em caso de fracasso, forçar a eleições antecipadas.
A crise mais a austeridade prometida pelo Governo vai atirar Portugal para uma recessão em 2011 e empurrar o desemprego para níveis históricos.
Em 2011, os ordenados do privado vão estagnar e o corte no sector público (actualmente cerca de 663.000 pessoas) será superior a 11%, em 2011, o mais violento de sempre e o maior dos 27 países da União Europeia (UE).
Em 2012, a razia continua com um corte de outros 2%.
Os portugueses vão empobrecer (cada português tornar-se-á no 8º mais pobre dos 27 em 2012), enfrentarão 4 anos de destruição de emprego e a taxa de desemprego subirá para 11,1% em 2011 e 11,2% em 2012.
A subida da carga fiscal afectará a esmagadora maioria dos portugueses, mas tende a pesar mais no bolso das pessoas mais pobres. O aperto ficará completo com a forte redução dos apoios sociais e o congelamento das pensões.
O ordenado médio real dos trabalhadores portugueses deverá cair 3,5% em 2011, o pior valor de toda a UE. É preciso recuar até aos anos do 2º plano de ajustamento do FMI, a 1983 e 1984, para encontrar uma degradação superior (-5,7% e -9,2%, respectivamente).
Apesar do empobrecimento em larga escala, Bruxelas alerta que Portugal falhará o plano de redução do défice público e considera que o país precisa de mais medidas de austeridade para evitar a derrapagem.
Os mercados não gostaram e a taxa de juro da dívida pública atingiu um novo recorde, 7,4%.
O ministro irlandês da Justiça considerou, esta terça-feira, que os responsáveis do BCE forçaram a Irlanda a pedir ajuda internacional e agora estão a tentar fazer o mesmo com Portugal.
“Claramente, foram pessoas fora deste país que estavam a tentar, no princípio deste mês, empurrar-nos, enquanto Estado soberano, para fazer um pedido de empréstimo, atirar a toalha antes sequer de considerarmos isso, enquanto Governo”, declarou Dermot Ahern. “E se repararem, estão a fazer agora o mesmo com Portugal”, acrescentou.
Questionado sobre a origem dessas pressões, o governante irlandês afirmou que “obviamente eram pessoas dentro do Banco Central Europeu.
Recorde-se que a UE e o FMI acordaram este fim-de-semana um plano de resgate financeiro da e os especuladores financeiros apontam agora o dedo a Portugal, Espanha e Itália como os próximos a poderem vir pedir ajuda internacional.
Confirmando o ditado que diz que “quem muito se baixa, põe-se a jeito…” vem a Comissão Europeia (cujo Presidente é o português Durão Barroso, que não deu conta do recado cá no burgo e se pirou), no relatório das previsões de Outono, dizer umas coisa que podem forçar o Governo e o PSD a um novo entendimento em nome do "interesse nacional" - ou, em caso de fracasso, forçar a eleições antecipadas.
E como prémio, prometem-nos obrigar os NOSSOS QUERIDOS PARTIDOS a estagnarem-nos os ordenados do Privado (os resultados vão para os Patrões) e a cortar no Sector Público (os resultados são para o Estado-Patrão) com uma adenda, que é a continuação desta razia em 2012.
Como resultado destas medidas redentoras, os portugueses vão empobrecer (a classe média e baixa) e enfrentaremos ainda mais 4 anos de destruição de muitos dos DIREITOS (HUMANOS), com a subida de impostos, pesando mais no bolso das pessoas mais pobres.
E prevêem que mesmo assim (mas mais por isso) Portugal não reduzirá o Défice Público (que é Privado) e a solução será aplicar mais medidas de austeridade para evitar a derrapagem, que eles dizem que vamos ter, com as medidas de austeridade.
No fim das contas, vem o Ministro da Justiça irlandês dizer publicamente que houve pressões sobre o seu Estado Soberano, com origem, obviamente, em pessoas de dentro do Banco Central Europeu e que a seguir somos nós.
E chamam a isto PEDIR AJUDA INTERNACIONAL!
Isto é que é DEMOCRACIA? Os PARTIDOS que temos sujeitam-se a esta Revista à Portuguesa?
Eu até pensava que estava a ficar meio apanhado com o “sistema”, quando dizia que era melhor sair da (des)União Europeia e do Euro, mas já ouço muita gente, das “altas” esferas da Economia, a dizerem o mesmo, o que me sossega pessoalmente, mas que desassossega como português e membro de uma comunidade de cidadãos “livres”, só porque nada do que se passa hoje, tem bases no racional mais básico.
É mesmo para dizer que a lógica é uma batata (quente, nas nossas mãos) e ainda temos que escolher entre dois BATATAS, rodeados de muitos “nabinhos”, que nem grelo têm…
Quem semeia ventos, há-de colher “reventos”!
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