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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

“Novas Oportunidades” para uma nova oportunidade

As Finanças dizem que não há “qualquer fundamento" para a destituição” de gestores públicos que fazem aplicações financeiras.
Em comunicado, o gabinete de Teixeira dos Santos explica que "encontra-se a implementar as recomendações do Tribunal de Contas e a executar as medidas sancionatórias de devolução dos juros recebidos, nos termos legais" e continua "o Relatório do Tribunal de Contas não conclui, em momento algum, no sentido da existência de qualquer fundamento legal para a destituição dos gestores públicos das empresas em causa", leia-se, Gestores de Empresas Públicas que investem nos mercados quando o dinheiro deveria estar no Tesouro, conforme obriga o regime da Tesouraria do Estado.
Uma auditoria do Tribunal de Contas revelava ontem que há Empresas Públicas a investir nos mercados quando o dinheiro deveria estar no Tesouro e que o Governo teria assim argumentos para despedir Gestores Públicos de Empresas como a CP, Metro e Refer.
Já se sabia no que dava, mas não tão depressa e só não se sabia que o português da auditoria do TC fosse tão dúbia, que o Ministério das Finanças fizesse uma leitura diferente da que fez o TC, os jornalistas e os (e)leitores…
Alguém precisa da receita “estudar durante toda a vida”, ou frequentar as Novas Oportunidades, para ter direito a nova oportunidade…
O Tribunal de Contas não costuma enganar-se na análise dos factos, enquanto o Ministério das Finanças tem a fama de fazer previsões enganosas…
As empresas públicas serão obrigadas por lei a terem contas em aplicações do Tesouro. Por isso, os ministérios das Finanças e das Obras Públicas vão obrigar a que sejam devolvidos os juros resultantes de aplicações financeiras em bancos comerciais. No total, o montante que será devolvido ronda os 3 milhões de euros, de entre as 18 entidades públicas empresariais. O sector mais afectado é o dos transportes. Só a CP representa mais de dois terços do valor investido fora do Tesouro (que foi de 235 milhões), seguida do Metro de Lisboa.

2 comentários:

  1. Mas que grande cunfusão!Que trapalhada complicada...

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  2. Ibel
    Bem aparecida. Bom Natal?
    A confusão é do português em que está escrita a Auditoria e a iliteracia do Ministério das Finanças, apesar de obrigar os Gestores a reporem o dinheiro onde ele devia estar.
    A trapalhada é que para além do perdão a estes amigos da banca, é que a maioria deles está em fim de contrato.
    Se calhar, é para não pagarem indemnizações (ainda por cima)...

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