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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cortes salariais não mexem com maiorais (privados)

O Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), António Martins, criticou aquilo que considera ser um balanço “muito negativo” para 2010 em matérias jurídicas, que se traduziu numa escassez de “decisões concretas positivas para os cidadãos, para os tribunais e para o funcionamento do sistema”.
António Martins reiterou que, apesar de não se poder esperar “um balanço positivo, não esperava que fosse tão negativo”, o que, no parecer do sindicalista, se deveu ao “completo erro de casting que foi a equipa do Ministério da Justiça”. Segundo ele, o erro da escolha começa “seguramente pelo Ministro, mas continua no secretário de Estado”. “A única excepção acabou por ser o secretário de Estado que se demitiu, o doutor João Correia”, referiu.
Sobre o corte de salários na Administração Pública, o juiz considerou ainda que é “inaceitável que parte dos vencimentos dos juízes dependa dos humores dos ministros da Justiça e das Finanças”. António Martins foi ainda mais longe e alegou: “Nós não questionamos a contribuição dos juízes. Nós questionamos o modo. Sempre dissemos que não se devia pedir o sacrifício só às 450.000 pessoas que trabalham no Sector Público. O professor que ganha 2.000 € vai ver reduzido o seu vencimento, mas o Zeinal Bava ou o António Mexia ou estes "mexias" e "zeinais" que andam por aí todos a ganhar milhares por mês, não vêem reduzido rigorosamente nada”.
Se os baixinhos comem e calam, pelo menos quem tem voz e lhe fazem eco, fala o óbvio e com justeza.
Também eu já aqui falei da injustiça de um Funcionário Público, que ganha mais de 1.500 € “doar” uma percentagem do seu salário, por ser Funcionário Público e, quer os assalariados do Privado, quer os seus maiorais, que ganham milhões, não contribuírem com um “chavo” para a redenção nacional. Acresce que, nem os banqueiros, a quem “doamos” os nossos impostos para lhes pagar as dívidas deles, contribuem para os seus próprios cofres. Bem sabemos que há os impostos, mas os Funcionários Públicos, além dos cortes, também vão pagar impostos e mais do que antes.
É evidente que não houve erro de casting apenas na escolha da equipa do MJ, mas sim do Governo, que mal governa e quase sempre governa mal e sempre a favor dos que não têm necessidades (básicas).
Não há justiça!

2 comentários:

  1. É "apenas" mais do mesmo, Miguel!
    Políticos absolutamente a banir do país.

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  2. Anabela
    O pior é que político é político e os que vierem já levam estas "políticas" de vantagem. Cortar aos menos abonados, tirar-lhes o abono e deixarem de fora os privados, principalmente os "mexias" e "zenais", é de mais.

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