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domingo, 26 de dezembro de 2010

AUSTERIDADE gera AUSTERIDADE, evidentemente!

A austeridade “é o único caminho que protege o país e que defende o interesse nacional - caminho que temos de percorrer com determinação, para que possamos, finalmente, virar a página desta crise e garantir um futuro melhor para a nossa economia e para todos os portugueses”, referiu o líder do Executivo, frisando que em causa está a sobrevivência do modelo social e disse contar com os parceiros sociais, para participarem no desenvolvimento do país.
O chefe de Governo recordou as 50 medidas para a competitividade e emprego apresentadas recentemente, bem como a importância da cooperação com as instituições de solidariedade social. O acordo sobre o aumento faseado do salário mínimo nacional também foi mencionado por Sócrates.
“Temos de superar as dificuldades do momento, garantindo o financiamento do Estado e da economia, mas temos também de pôr em prática uma agenda de crescimento da economia e do emprego”, acrescentou.
“Temos também de prosseguir as reformas estruturais nos sectores da Energia, Educação, Ciência e Tecnologia que sustentam o desenvolvimento e a coesão social”, prosseguiu.
«Os portugueses sabem que não sou de desistir, nem sou de me deixar vencer pelas dificuldades. Pelo contrário, é nestes momentos que mais sinto a energia interior e o sentido do dever para apelar à mobilização dos portugueses”, concluiu Sócrates.
A austeridade é o único caminho! Não sou eu que digo, foi o PM que disse (acto falhado) e daí se conclui que a austeridade só pode gerar mais austeridade, como se verifica, para já, na Grécia e Espanha.
O conceito de Estado Social, pelos vistos, é contar com a cooperação com as instituições de solidariedade social e com os parceiros sociais (Empresários e Banca incluídos?) para o desenvolvimento do país (veja-se o que se passou com o Salário Mínimo Nacional), já que ele não dá conta do recado...
Tem que se pôr em prática uma agenda de crescimento da economia e do emprego, claro, mas com outras medidas “corajosas”, porque estas já sabemos o que dão.
As reformas estruturais(?) nos sectores da Energia, da Educação, da Ciência e da Tecnologia é que sustentam o desenvolvimento e a coesão social? As que foram feitas deram o que deram.
Na Energia, preços mais caros para os pagadores, lucros mais altos para os EXPLORADORES.
Na Educação, menos anos para “formar” gente com mais dificuldades e com comportamentos marginais; menos professores, com salários menores e mais tempo lectivo, para ensinarem mais alunos; empurrões para reformas antecipadas dos professores mais experientes; avaliações de faz de conta para coisa nenhuma (congelamento de tempo de serviço e de progressões); cortes nos salários (como de todos os Funcionários Públicos), etc.
E que relação existe entre estes Sectores e a coesão social? Não será o contrário? Não haveria melhor coesão social, se houvesse uma reestruturação e regulamentação no Sector Financeiro, com justiça e justeza?
Apelar à mobilização dos portugueses? Mobilizar para quê? Para aguentarem esta austeridade, imposta por quem dela já sacou milhares de milhões e vai continuar a retirar proveitos até ao desespero? Nem a IURD conseguiria tal proeza, prometendo o céu como prémio desta miséria, económica e moral.
Bom Ano Sr. PM, mas não vai ser para os que o elegeram.

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