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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Na "Aldeia da Roupa Branca" são proibidas lavagens

Lavagem das escadas da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
O papa Bento XVI vai publicar na quinta-feira um Decreto para combater a lavagem de dinheiro, anunciou o Vaticano, 3 meses depois da abertura de um inquérito contra dois dirigentes do Banco do Vaticano (IOR).
O Decreto, ou “motu proprio”, destina-se à “prevenção e luta contra as actividades ilegais no domínio financeiro e monetário” e vai instaurar uma Autoridade de Informação Financeira do Vaticano.
O documento vai também criar uma lei sobre “a prevenção e luta contra o branqueamento de dinheiro proveniente de actividades criminosas e o financiamento do terrorismo”, segundo comunicado do Vaticano.
Segundo a agência especializada em informações religiosas i.Media, estas disposições permitirão, a prazo, que o Vaticano integre a lista dos Estados respeitadores das normas da luta contra o branqueamento, a chamada “lista branca” da OCDE e do GAFI.
Em meados de Setembro, o Presidente do Instituto das Obras Religiosas (IOR - Banco do Vaticano) e um outro dirigente começaram a ser investigados pela justiça italiana por presumível violação da lei italiana contra o branqueamento. Os dois dirigentes não são suspeitos de branquearem dinheiro, mas de omitirem movimentações de fundos de um total de 23.000.000 €.
O Vaticano, que manifestou a sua “perplexidade e estupefacção” a propósito dessa investigação, afirmou na altura uma “vontade clara, manifestada várias vezes, de total transparência no que diz respeito às operações financeiras do IOR”.
Conhecido como o “banco dos padres”, o IOR gere as contas das ordens religiosas e das associações católicas. É uma estrutura que beneficia do estatuto extra-territorial atribuído ao Vaticano, pelo que não está obrigada a respeitar as normas financeiras em vigor para os bancos italianos, no entanto, desde 2003, a justiça italiana tem competência para investigar o IOR e o Banco de Itália para o supervisionar.
Para não parecer falso moralista, não vou classificar a “violação”, só por ser dentro da instituição religiosa católica. A história recente já mostrou que, independentemente das ideologias, ou dos sistemas, na prática quem as/os viola são as pessoas, só porque são pessoas.
De salientar, com a mesma isenção, que no caso, o órgão máximo (político) da instituição reagiu imediatamente, para eliminar as causas e assim sanar os efeitos.
Quem dera que este comportamento servisse de exemplo para os nossos políticos e não só, precisamente na área da Banca e das Finanças.
Mas por cá, Santo só temos o Teixeira e a Moral parece andar arredada da política…

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