Portugal chegará a 2011 com mais de 600 mil desempregados, o nível mais alto em cerca de 30 anos, mas os economistas estimam que a trajectória de subida do desemprego ainda demore mais algum tempo a passar.
Depois de um ano difícil, as perspectivas para 2011 não são ainda optimistas.
A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 10,9% no terceiro trimestre de 2010, agravando-se dos 9,8% observados em igual período do ano passado e há economistas quem acreditam no congelamento do mercado de trabalho, há também quem preveja uma subida da taxa de desemprego, embora a um ritmo menor. O próprio Governo admite que em 2010 a taxa de desemprego se situe nos 10,6% e em 2011 piore para os 10,8%.
Pedro Adão Silva, especialista em mercado de trabalho, antecipou para 2011: "O ritmo de destruição do emprego vai desacelerar e portanto não vamos ter um grande crescimento do desemprego, mas também não vamos ter nenhuma criação de emprego", disse e em que o número de pessoas com protecção de desemprego deverá diminuir.
Sobre as recentes medidas anunciadas pelo Governo, disse que não prevêem a criação de emprego.
Paula Gonçalves, do departamento de estudos económicos do BPI, prevê para o conjunto de 2010 uma taxa de desemprego na ordem dos 10,8% e para 2011 um agravamento para os 11,2%. "Nesta conjuntura, parece inevitável que o mercado de emprego continue a piorar" e que o número de desempregados apenas desça abaixo dos 600 mil em 2013.
Relativamente às medidas do Governo, Paula Gonçalves considera-as "favoráveis" para o mercado de trabalho a médio prazo.
Para a economista, medidas como a redução dos custos de despedimento aumentam a capacidade de atracção de investimento directo estrangeiro e contribuem para a queda do desemprego ainda que no curto prazo possam implicar agravamento.
Para o presidente da Associação das Empresas de Trabalho Temporário (APESPE), Marcelino Pena Costa, 2011 será "muito difícil" e "complicado", não só pela aplicação das medidas inscritas no Orçamento de Estado, mas também pela incerteza sobre se as metas serão cumpridas e se haverá intervenção do FMI.
Para Marcelino Pena Costa, para contrariar esta tendência será necessária a adopção de medidas "de coragem", que apoiem o trabalho temporário e a contratação a tempo parcial e combatam os falsos recibos verdes, diminuindo o peso do sector informal.
Vem aí um Ano Novo e não sejamos hipócritas, muito menos indiferentes.
Desemprego: “previsões”, medidas, consequências e contradições:
Governo – 2010 = 10,6% e 2011 = 10,8%;
Especialista em mercado de trabalho - o n.º de pessoas com protecção de desemprego deverá diminuir e as medidas do Governo não prevêem a criação de emprego;
Departamento de Estudos Económicos do BPI - 2010 = 10,8% e 2011 = 11,2% e só em 2013 baixará dos 600.000, mas as medidas do Governo são favoráveis para o mercado de trabalho a médio prazo, já que com a redução dos custos de despedimento aumenta a atracção de investimento estrangeiro e contribui para a queda do desemprego, ainda que no curto prazo implique agravamento;
Presidente da APESPE - Para contrariar esta tendência será necessária adoptar medidas "de coragem".
Resumindo, os números são à vontade do freguês, “previsões” à moda da Maya (ao poder), os efeitos das medidas do Governo começam agora a ser “esclarecidas” por especialistas (como se houvesse necessidade), que metem as mãos pelos pés, querendo convencer-nos de que diminuindo o emprego, aumenta-se o emprego (quando o emprego chegar a 0%, 1 emprego aumenta 100%) e contrariando conceitos temporais de curto e médio prazo. Vale tudo para enganar o Zé.
Realmente, são precisas medidas muito “corajosas” e muita coragem para ouvir esta gente… com votos de Bom Ano?
Mas o Senhor Engenheiro veio com um discurso optimista desejar as Boas Festas. Nada como ter um primeiro ministro com cérebro de acrobata.
ResponderEliminarIbel
ResponderEliminarO post acima responde à tua questão (na minha óptica, claro)...