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domingo, 26 de dezembro de 2010

Concertação de preços? Mas “Eles” nunca se viram!

Moche, Yorn Extravangaza, Vita 91 Extreme e TAG vão ter em Janeiro aumentos simultâneos e de tal modo concertados que ficarão com o mesmo custo fixo mensal. Subidas de preços muito acima do anunciado para outros tarifários e que constituem publicidade enganosa, diz a DECO. A Autoridade da Concorrência já está a investigar.
A DECO, associação de defesa do consumidor entende que os aumentos e os respectivos anúncios têm acontecido de forma "estranhamente sincronizada e análoga". Por isso apresentou queixa aos reguladores responsáveis pelo sector das telecomunicações e protecção dos consumidores - Autoridade da Concorrência, ANACOM e Direcção-Geral do Consumidor - "e pediu a abertura de um inquérito para que estas práticas sejam sancionadas". A Autoridade da Concorrência (AdC) já está "a analisar o assunto e em tempo oportuno tomará uma decisão", afirmou fonte do organismo.
No seu site, a DECO revela que ESTES TARIFÁRIOS VÃO PASSAR TODOS A CUSTAR O MESMO - 12,5 € mensais -, o que, "a confirmarem-se os aumentos para todos os clientes, está-se a assistir a publicidade enganosa, e é caso para reclamar".
Esta treta dos aumentos de preços, estranhamente sincronizados e análogos, é a prova provada de que afinal há coincidências. Sempre que tal acontece e é quase todas as semanas e com vários produtos (antes regulados pelo Estado e hoje em “auto-regulação”), não há Administrador que se preze que, quando acossados pela pressão da denúncia não venha justificar, inocentemente, que quem faz as mesmas contas chega aos mesmos resultados, apesar de alguns especialistas provem o contrário e até se fica a pensar que “eles” nem se conhecem, nem nunca se cruzaram. E até é curioso que alguns deles, até têm soluções (políticas) para o país, ou melhor, tinham antes da crise, provavelmente por pensarem que um país se “administra” como uma empresa.
Estranhamente, os organismos que supervisionam e “regulam” as empresas em questão dão-lhes sempre razão, provavelmente porque fazem as mesmas contas e chegam aos mesmos resultados. Mas estes organismos não foram criados para defesa dos consumidores e impedir abusos dos servidores?
No caso, a Autoridade da Concorrência já está a analisar o assunto e em tempo oportuno tomará uma decisão, que vai ser… Bruxos!
Mas no caso das Operadoras Telefónicas, já nem sei se há pecado (venial) da parte delas, ou se será um pecado (mortal) dos consumidores. Como é possível que os portugueses, na situação em que estão (e pior ficarão) conseguem gastar 8.375.229.656 € em telecomunicações num ano, para nenhuma riqueza retirarem daí (salvo as empresas, que as utilizam com eficácia), gerando lucros quase 4 vezes superior aos dos bancos.
Isto é que se pode chamar de “falar barato”, saindo-lhes caro…

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