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domingo, 21 de novembro de 2010

A UNIÃO há-de fazer a FORÇA e a única ARMA!

Representantes de Encarregados de Educação, Professores, Psicólogos, Inspectores e Trabalhadores das escolas uniram-se hoje na assinatura de um manifesto contra as restrições previstas para a Educação no âmbito do OE 2011, prometendo resistir.
“Vamos continuar a conversar”, disse no final da assinatura do documento, em declarações à imprensa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, admitindo que hoje poderá ter nascido um novo movimento na Educação, ainda que simbolicamente.
Para já, o documento seguirá para a Presidência da República, para o Parlamento e para o Governo, não estando excluídas novas acções reivindicativas para a qualidade da escola pública e a estabilidade dos seus profissionais, bem como das famílias.
Fazendo várias críticas à política educativa dos últimos anos, os subscritores consideram que nunca como agora houve “intenção de impor cortes tão brutais”.
Além da redução de 11,2 por cento no Orçamento do Ministério da Educação, o documento lembra também as restrições financeiras impostas às autarquias e as consequências para as famílias do aumento da carga fiscal e redução de salários.
As medidas anunciadas dificultam os objectivos definidos para as metas de aprendizagem e alargamento da escolaridade para 12 anos, potenciando também o aumento de casos de indisciplina nas escolas, com a consequente redução de Professores e Funcionários, defendem os autores da iniciativa.
As medidas preconizadas para a Educação podem, segundo a Fenprof, levar à redução de 30.000 Professores nas escolas, entre Contratados e Efectivos: “Hoje temos quase a certeza de que isso vai acontecer”, afirmou Mário Nogueira, para quem “o Governo de José Sócrates parece querer extinguir a Educação”.
Inês Faria, em nome do Sindicato Nacional dos Psicólogos, garantiu que ainda não abriram os concursos para a contratação destes profissionais, dando conta de pelo menos um caso em que existe apenas um Psicólogo para todas as escolas de um município.
Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, destacou os contratos feitos à hora para Auxiliares, sem formação, denunciando que “inúmeras escolas” continuam a funcionar sem o número suficiente de trabalhadores.
Para o presidente do Sindicato dos Inspectores de Educação e Ensino, José Calçada, o manifesto não é “um muro de lamentações”, mas uma prova de união e resistência entre vários agentes da comunidade educativa que o anterior Governo colocou “uns contra os outros”. “Há cinco anos isto seria impossível”, disse, acrescentando: “Hoje estamos confrontados com problemas verdadeiramente dramáticos”.
Em representação da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação, Joaquim Ribeiro afirmou que muitas vezes são as Associações de Pais a contratar gabinetes de psicologia para prestar apoio aos alunos, por ausência de resposta da escola, e manifestou receios de que deixem de ser asseguradas algumas valências pelas autarquias, devido aos cortes orçamentais.
O documento, em defesa da Educação, é também subscrito pela Confederação Nacional das Associações de Pais, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e pela Delegação Nacional de Estudantes do Ensino Secundário e Básico.
Quando parceiros, amigos e ex-opositores se unem, só podem ter razão e só podem ganhar a disputa contra a usurpação, o desvario e a hipoteca do futuro de um País, no caso a EDUCAÇÃO.

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