EDP desvaloriza aumento de 3,8% em 2011 e avisa que portugueses vão pagar electricidade cada vez mais cara
A culpa é, essencialmente, do aumento dos preços dos combustíveis. Mas também dos custos das empresas que comercializam energia. «A médio prazo o preço da electricidade só tem um caminho: a subida», disse o administrador executivo da EDP, João Manso Neto, durante o Media Day, organizado pela empresa.
Já sobre a proposta do regulador (ERSE) para aumentar a tarifa em 3,8% em 2011, Manso Neto desvalorizou: «É cerca de metade do que acontece em Espanha».
Um valor que levou o Presidente da empresa, António Mexia, a reiterar que «em Portugal temos preços consistentemente mais baixos do que a média da União Europeia ou em Espanha».
No entanto, «não se pode ter um preço relacionado só com o custo da energia. É preciso ter em conta os restantes custos», justificou Manso Neto.
EDP vende energia ao dobro do preço a que compra
Na verdade, «apenas 23% do preço final da electricidade é referente ao custo da matéria-prima», o restante são custos que a empresa acarreta com «operações retalhista, grossista, riscos de crédito e de estimativas, e remuneração de redes», como explicou, por sua vez, o administrador executivo da EDP Jorge Cruz Morais.
Na prática, a EDP compra energia ao mercado OTC (mercado de referência) a cerca de 45 euros/MWh e vende ao preço final de 127,2/MWh.
A este valor a EDP oferece um desconto de 2% para clientes do mercado liberalizado com tarifário 5D.
Desde 1999, o preço da luz cobrado aos consumidores aumentou 39%. E a tendência será para subir.
«Tudo depende da evolução dos preços do petróleo e do gás que, com o crescimento de países como a China ou a Índia, parece-me inevitável que venham a subir», disse Manso Neto.
Por isso, Cruz Morais defende um mercado totalmente liberalizado, que permita mais concorrência e pagar o défice tarifário. «A única forma é haver uma taxa social para proteger quem precisa e para os outros... São as regras do mercado».
Depois das explicações constantes da PETIÇÃO da DECO, este paleio de Administrador “monopolista” não passa do que se chama de “béu, béu, pardais ao ninho”, que é o mesmo que dizer, conversa da treta, de quem tem as costas quentes e aquecidas pelo consumidor, consumido por estes artistas…
Quando o Sr. Mexia (que é “barra” como Administrador da EDP e não mostrou essa eficiência enquanto Ministro) vem dizer que em Portugal temos preços da electricidade mais baixos do que a média da União Europeia ou da Espanha, está a esquecer-se das leis do Mercado, no que respeita aos VENCIMENTOS dos Administradores portugueses, sobretudo o dele, que já circulou na imprensa, como dos escandalosamente mais altos, não só em Portugal, mas no mundo, como quase todos os nossos.
E vem um Sr. Manso dizer ainda, que lhe parece inevitável que o preço da electricidade venha a subir… e os salários dos Srs. Administradores não deverão descer, inevitavelmente?
E vem Um Sr. Cruz rematar cristãmente, que os pobrezinhos podem pagar mais barato, os outros pagam o que o Mercado mandar (não se esqueçam que o Mercado pensa e fala, mas só com ele), as empresas continuam a ter mordomias e a EDP monopoliza o negócio (apesar da “concorrência” de uma empresa espanhola).
Mas no fim de tudo, não se esqueçam que a EDP é tão boazinha, que tem uma FUNDAÇÃO e até ajuda umas aldeias africanas, em apoio do nosso conterrâneo e Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres.
Não é bem isto a que se chama Consciência e Responsabilidade Social, porque não é do bolso deles…
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