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domingo, 21 de novembro de 2010

O ex-Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas afirmou hoje nos III Encontros da Lusofonia em Torres Novas que o Brasil e Angola podem "ajudar no esforço de promoção da língua portuguesa no mundo".
Salientou que a comunidade de falantes da língua portuguesa no Brasil é a maior da lusofonia e que, por isso, também compete a este país "apoiar Portugal e os outros países nesta divulgação da língua portuguesa".
"Esperemos que Angola possa rapidamente também ajudar neste esforço", acrescentou Rui Marques, salientando que "compete a Portugal dar o seu contributo para que a língua possa ser um cimento de ligação na defesa de interesses comuns e de uma voz convergente em instituições internacionais, como na ONU".
Perfeitamente de acordo, só falta saber se Portugal, através dos seus Governos pensam da mesma maneira. Repare-se:
Portugal esteve séculos em Macau e quase ninguém falava português. Hoje, por razões económico-comerciais, a China criou uma plataforma da Lusofonia nesse território e está a divulgar a nossa língua, em proveito próprio.
Aqui, vemos e ouvimos portugueses altamente colocados, a falar, mesmo em actos oficiais, em inglês e francês, só para mandar ficha. Em Angola, quem vai de fora, ou fala português ou não há nada para ninguém e mais ou menos se passa o mesmo no Brasil.
Por isso, quererá o nosso Governo implementar o ensino do português? Será benéfico para os países lusófonos, incluindo o nosso, fornecer a países não lusófonos um instrumento que hoje tem cotação no mercado?
Só é entendível o reforço da aprendizagem e aperfeiçoamento da língua aos países lusófonos, para se defender interesses comuns e sermos todos, uma voz convergente, em benefício próprio.
Tudo o mais será cultura e divulgação da mesma, que servirá para mimar o nosso ego.

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