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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Porque sim, ou porque não, indigne-se!

Crise pode ter dois efeitos: a não adesão, por causa da instabilidade no mercado do trabalho, ou forte adesão, devido à frustração.
Embora tradicionalmente, a adesão dos portugueses a acções colectivas de protesto (entre as quais se incluem as greves, manifestações nas ruas e cortes de vias de comunicação) seja das mais baixas na Europa, Elísio Estanque considera que a greve geral marcada para a próxima quarta-feira terá "uma grande adesão". "Apesar de os portugueses serem demasiado tolerantes e passivos perante as injustiças, se os problemas não forem resolvidos, há um momento em que terão necessidade de dizer «Alto!»", afirma.
Jorge Vala, professor no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e um dos coordenadores do projecto "Atitudes Sociais dos Portugueses", lembra que "vamos assistir a um movimento grevista num momento em que as pessoas ainda têm uma experiência real das medidas de austeridade".
Embora António Dornelas, investigador do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa, considere que o facto de estas terem já sido anunciadas pode gerar uma forte participação na greve geral, como forma de "expressar um descontentamento".
Jorge Vala acrescenta a questão da ausência de eficácia política. "A adesão a uma greve tem custos muito grandes. O trabalhador perde a remuneração correspondente a esse dia e sente que a eficácia política da sua acção é reduzida. Há um sentimento de que não consegue influenciar/mudar a acção política", afirma.
Este é, porém, um princípio geral. "Em grupos profissionais mais politizados, com maior compreensão sobre o funcionamento do mundo político e em que há uma experiência positiva do resultado na acção política, a mobilização tende a ser maior", refere o mesmo investigador. "Veja-se o caso dos professores".


Cada um/a tem as suas razões para fazer GREVE, ou não, e há muitas, conforme os gostos…
EU FAÇO!

2 comentários:

  1. Eu também faço greve, Miguel!
    Beijinhos
    Cristina

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  2. Cristina
    Muitos farão e outros tantos não, mas todos temos motivos para a fazer e mais alguma coisa para mandar descansar quem está cansado de tanto trabalho a nosso, mas "incompreendido"...
    Hoje veremos os números, mas de números percebem eles.

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