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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Isto é que é urgente e necessário. REGULAMENTAÇÃO

“O que está neste momento em jogo é o primado da política; é estabelecer limites aos mercados”, afirmou esta manhã Angela Merkel no parlamento alemão, onde voltou a defender os méritos de um mecanismo permanente de resolução de crises que force os investidores privados a suportar parte da factura, caso um país entre em incumprimento da sua dívida.
Depois de ontem ter admitido ser “excepcionalmente séria” a possibilidade de mais “resgates” na Zona Euro, deixando nas entrelinhas a possibilidade de Portugal e Espanha seguirem o mesmo destino da Grécia e da Irlanda, Merkel insistiu hoje que é preciso que os Governos tenham “coragem” de impor travões aos mercados, alegando que este mecanismo de socorro de soberanos proposto pela Alemanha vai precisamente nesse sentido.
Em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia reiterou, por seu turno, que é imprescindível que a Zona Euro se proteja através de um mecanismo “credível, robusto e permanente”, tendo admitido abertamente a possibilidade deste envolver os privados.
Este “mecanismo de resolução de crises” substituirá o Fundo Europeu de Estabilização Financeira criado em Maio, no rescaldo da intervenção na Grécia, por um período de 3 anos, com a capacidade para mobilizar, juntamente com o FMI, até 750 mil milhões de euros para acudir a países do euro que não consigam mais financiar-se nos mercados.
Ainda assim, precisou Durão Barroso, o envolvimento dos privados “pode tomar muitas formas” e “independentemente do que for decidido, só será aplicável a partir de 2013”.
Idealmente, as alterações ao Tratado estarão finalizadas antes das eleições presidenciais francesas, de 2012, e bem antes das legislativas alemãs, marcadas para o ano seguinte.
Não há nenhum político honesto, economista competente, ou cidadão esclarecido, que não saiba que só com REGULAMENTAÇÃO em todas as áreas, a começar pela financeira, mas A NÍVEL MUNDIAL, pode resolver, ou minorar os problemas negativos da GLOBALIZAÇÃO e repor o PODER POLÍTICO em 1º lugar, nos países de direito e que se dizem DEMOCRÁTICOS.
A falácia está no constante adiamento dessas medidas e no caso concreto, só a partir de 2013, antes das eleições presidenciais francesas, de 2012, e bem antes das legislativas alemãs, marcadas para 2013, não só pela urgência, mas pela ligação à política, o que não é muito honesto.
Mas como “quem paga é quem manda” (onde é que ouvi isto?), já nem sei se “mais vale tarde do que nunca”.
Talvez nunca cheguemos lá, por incúria e demissão dos responsáveis.

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