Depois de os Verdes terem anunciado que vão abandonar a coligação governamental, vários partidos da oposição pediram a saída do governo de Brian Cowen e eleições imediatas. Nas ruas, os irlandeses começam a protestar contra a ajuda internacional.
Um dia após o governo irlandês ter cedido às pressões internacionais para aceitar a ajuda da UE e do FMI, aumentam de tom as críticas ao governo. O Executivo de Cowen está debaixo de fogo e de vários lados chegam pedidos para que se demita e marque eleições antecipadas.
O líder do Partido Trabalhista, pediu a dissolução do Parlamento e a convocação imediata de eleições legislativas.
O Governo irlandês deve apresentar ainda esta semana o plano de austeridade para os próximos 4 anos. O Orçamento do Estado para 2011 vai ser votado no próximo dia 7 de Dezembro.
No entanto, o Governo – apesar da coligação que tem no parlamento com os Verdes – pode não ter a maioria necessária para aprovar o documento. Isto porque dois deputados independentes avisaram esta manhã que poderão não votar a favor do Orçamento do Estado.
Michael Lowry, um dos deputados independentes, afirmou ser "muito pouco provável" que venha a apoiar este orçamento, indicando, de acordo com o Financial Times, que deveria haver eleições antes da aprovação do documento.
Já Jackie Healy Rae, outro independente, afirmou "que já não apoia este governo" e que "é muito, muito pouco provável" que apoie o OE.
Os avisos dos 2 deputados surgem depois de os Verdes, membros da coligação governamental, terem revelado que vão abandonar a coligação após 7 de Dezembro. Os Verdes pediram a Brian Cowen que marque eleições para a segunda metade de Janeiro de 2011.
O partido explicou que tomou esta decisão após uma semana "traumática" para o eleitorado, em que este se sentiu "enganado" e "traído".
"Sempre dissemos que o nosso envolvimento no governo só continuaria enquanto fosse para benefício do povo irlandês. Deixar o país sem governo enquanto estas questões [Orçamento do Estado] não estão resolvidas seria muito prejudicial e quebraria o nosso dever", afirmou o líder do Verdes.
No entanto, "chegámos a um ponto em que o povo irlandês precisa de certezas políticas que vão além dos próximos dois meses". "Assim, acreditamos que é altura de marcar a data das próximas eleições gerais para a segunda”.
No meio deste caos político e de incoerência entre o prometido e o devido, que contamina todos os partidos do Poder em todo o mundo, em especial na Europa, é de registar esta atitude de ética política, em que há representantes do povo, a recusar-se trair quem os elegeu.
Realmente, é verdade que o que se passa na Irlanda não tem nada a ver com o que se passa em Portugal.
E não há medo, porque a bola está do lado da Sra. Merkel e seus lacaios, que tem que assumir a responsabilidade de acabar com a UE e com o Euro. Que assuma e que volte para lá do muro!
Pena é que tenhamos de entrar com euros que nos fazem falta e talvez fosse melhor irmos buscar outro tanto, caso contrário, os cortes salariais serão para a eternidade, como dizia o nosso corajoso e eterno Ministro das Finanças.
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