(per)Seguidores

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

No Ensino Público (ainda) não há falências…

Os credores da Ensinave, empresa que criou o Instituto Superior do Vale do Ave (ISAVE), decidem amanhã se o estabelecimento de ensino e a entidade que lhe deu origem são ou não dissolvidos.
O ISAVE faz parte da massa insolvente da empresa, segundo o relatório da insolvência da Ensinave.
Nuno Albuquerque, administrador da insolvência da Ensinave, realçou que neste momento "a preocupação é salvaguardar os interesses dos credores (da Ensinave) e dos alunos do ISAVE".
O relatório coloca dois cenários possíveis para o futuro: a liquidação imediata da Ensinave ou a "aprovação de elaboração de plano de insolvência" com o objectivo de garantir a sustentabilidade da empresa.
Os créditos a reclamar na Assembleia de credores da Ensinave estão na ordem dos 12.500.000 €.
Entre os maiores credores da Ensinave está o Estado. As finanças reclamam o pagamento de 379.000 €, as dívidas à Segurança Social ultrapassam os 660.000 €, o Grupo Ensanis reclama quase 6.500.000 € e a Trivima - Emp. Turísticos Construção Civil, Lda., a empresa que requereu a insolvência da Ensinave, reclama créditos de mais de 1.500.000 €.
O relatório da insolvência avalia os bens da Ensinave em pouco mais de 530.000 €, já que não atribui qualquer valor específico ao principal activo da empresa, o ISAVE.
O ISAVE tem 825 alunos e 105 funcionários, dos quais 69 são docentes.
É só uma prova de que no (Ensino) Privado, quando o negócio não dá, fecha-se, os Alunos deixam de ser alunos e os Professores passam a utentes dos Centros de Emprego!
É nisto que dá a empresarialização do que não é empresarializável

Sem comentários:

Enviar um comentário