Um jornal chinês qualificou hoje o embargo europeu à venda de armas à China uma medida "fora de prazo", "patética" e "ridícula", que "nunca impediu a modernização" das Forças Armadas chinesas.
"O que a China quer da União Europeia é justiça (...) É também um teste à capacidade da UE de tomar as suas próprias decisões e não se limitar a seguir a liderança dos Estados Unidos" diz o Global Times ao defender o levantamento do embargo.
O embargo foi imposto em 1989, na sequência da sangrenta intervenção militar contra o movimento Pró-Democracia da Praça Tiananmen, que causou centenas de mortos.
Ao ler esta notícia, pareceu-me fora do tempo e descontextualizada, porque nem me lembrava que havia embargo, nem o relacionava com Tiananmen. Depois de reflectir um bocadinho, concluí forçosamente que, por um lado, este embargo, circunscrito à venda de armas, não faz sentido, até porque a China está seguramente “preparada” para fazer as armas que quiser, como faz “galos de Barcelos” ou o mais sofisticado computador. Por outro lado, a haver embargo da UE, deveria ser em todas as áreas da economia, ou então tal embargo não os incomoda. E dei comigo a pensar que, o que a China quer dizer ao mundo, é exactamente isso, e que se Tiananmem (não cumprimento dos Direitos Humanos) é razão para o embargo de armas, porque negoceiam com eles, exploram os seus cidadãos e até lhes pedem dinheiro?
Mas também, nos tempos que correm, quem lhes atira a 1ª pedra?
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