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domingo, 9 de janeiro de 2011

Bolsas materiais para a cultura imaterial portuguesa

Chegada de Vasco da Gama a Calecute (Roque Gameiro)
Gabriela Canavilhas falava na cerimónia de assinatura do protocolo com o CNC, ao abrigo do qual são criadas Bolsas de Lusofonia, serão editadas obras de referência da Cultura portuguesa, em Português e em Inglês e será concretizado o projecto “Património Imaterial Português na Ásia”.
Este último projecto destina-se a assinalar os 500 anos da chegada dos Portugueses ao Oriente, um roteiro dos testemunhos do património imaterial português nas culturas locais, nos vocábulos, na gastronomia, nos costumes, rituais, toponímia, lendas e contos, música e danças tradicionais, entre outros.
A este respeito a vice-presidente do CNC, Maria Calado lembrou que este ano se comemoram os 500 anos da chegada dos portugueses a Malaca e que em 2014 se comemoram os 400 anos da “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, e que tanto um facto como outro representam "bastante em termos de património imaterial ou intangível".
“Entre 2011 e 2014 queremos concluir este trabalho, que estamos a fazer e publicar o que os portugueses deixaram no património imaterial dos países onde chegámos”, disse a ministra. Para Gabriela Canavilhas, é preferível deixar este tipo de trabalho, porque fica para o futuro, do que promover conferências ou outro tipo de iniciativas sobre o assunto.
O que queremos é que estas obras cheguem depois ao grande público, tanto em formato de papel como digital, referiu a ministra. As Bolsas de Lusofonia são projectos com duração de um ano, ao abrigo dos quais artistas de várias áreas – música, cultura, literatura - são financiados para realizar um projecto.
Segundo a vice-presidente do CNC, o número de bolsas existente era escasso mas com o protocolo hoje assinado o Centro pode abrir concurso para mais bolsas.
Ora cá está um projecto que, a concretizar-se, enriquecerá o nosso ego, a cultura lusófona e o património mundial, dando a conhecer a diferença entre os colonizadores da época, apesar de qualquer colonização não ser nenhuma bênção para os colonizados, embora a aculturação seja um benefício mútuo.
Outra originalidade é a Ministra achar preferível este tipo de trabalho do que promover conferências ou outro tipo de iniciativas sobre o assunto. Pois claro!

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