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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Austeridade evitável com CRESCIMENTO INEVITÁVEL!

O novo Governo do Japão lança uma proposta contra a crise. Contra os discursos que defendem que as políticas de austeridade são a única maneira de sair desta, o Governo nipónico aprovou um pacote de medidas de estímulo, que tem como objetivo revitalizar a sua estagnada economia. O orçamento em que trabalha o recém-empossado Governo é contundente: 10,3 mil milhões de yenes (cerca de 87.200 milhões de euros ao câmbio atual).
Segundo explicou o primeiro ministro Shinzo Abe numa conferência de imprensa depois da reunião do Gabinete, o Executivo nipónico espera que o pacote de medidas se traduza num crescimento de 2% do PIB e que gerem uns 600.000 empregos. Também confia que as empresas privadas fiquem do seu lado para potenciar a recuperação.
A proposta do Executivo para reativar a economia completa-se com uma entrada adicional de 2,8 mil milhões para o sistema de pensões, o que eleva o total do programa para os 13,1 mil milhões de yenes (111.000 milhões de euros).
Em concreto, o Governo prevê gastar 3,8 mil milhões de yenes (cerca de 32.000 milhões de euros) para financiar obras públicas e acelerar a reconstrução da zona do Japão assolada pelo tsunami de marzo de 2011, um dos grandes pilares do pacote económico. Também destinará outros 3,1 mil milhões de yenes (26.260 milhões de euros) para estimular a inovação e os avanços tecnológicos para melhorar a competitividade do sector industrial. O pacote governamental completa-se com outros 3,1 mil milhões de yenes para os sistemas de saúde e saneamento e para revitalizar as economias regionais.
Para animar a participação das empresas e a entrada de capital privado no plano, o Governo também adotará medidas benéficas para o setor, no valor de 1,8 mil milhões de yenes; e outras destinadas a melhorar o acesso das regiões do país aos mercados financeiros, o que suporá um desembolso de outros 1,4 mil milhões de yenes.
Com o fim de obter fundos para o orçamento adicional, que se espera seja aprovado pelo Gabinete pelo Parlamento, o Governo planeia emitir nova dívida, em forma dos chamados títulos para a reconstrução, em cerca de 5 mil milhões de yenes (cerca de 42.000 milhões de euros).
O conservador Abe considerou "sumamente importante" superar a deflação e conseguir "uma sociedade na qual o suor dos trabalhadores possa dar o seu fruto".
A economia do Japão, a3.ª do mundo, logo a seguir à dos EUA e China, sofre o impacto da desaceleração global, una persistente deflação e as consequências da fortaleza do yen, que diminuem de forma importante a competitividade das suas exportações.
Shinzo Abe, que já governou o Japão durante um ano entre 2006 e 2007, chegou ao poder depois de arrasar nas eleições gerais de 16 de dezembro com a promessa de melhorar a maltratada economia nipónica, que se encontra à sombra de uma recessão técnica

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