Os bancos JP Morgan Chase e Goldman Sachs viram os lucros subirem no 4.º trimestre.
Por acção, o lucro do maior banco norte-americano em activos aumentou dos 0,90 dólares no 4.º trimestre de 2011 para 1,39 dólares nos últimos 3 meses do ano passado, quando os analistas sondados pela Bloomberg antecipavam, em média, um resultado de 1,22 dólares por acção.
De acordo com Jamie Dimon, CEO do banco, os resultados reflectem um "forte crescimento nos empréstimos e nos depósitos".
2012 é o 3.º ano consecutivo de lucros para o JP Morgan, apesar das perdas de 6,2 mil milhões de dólares com erros de ‘trading' registadas nos primeiros 9 meses do ano.
No mesmo sentido, o lucro do Goldman Sachs atingiu os 2,89 mil milhões de dólares, ou 5,60 dólares por acção, resultado que compara com os 978 milhões ou 1,84 dólares por título, registado no período homólogo do ano passado.
Este resultado superou assim a estimativa média de 26 analistas sondados pela Bloomberg e que apontava para um lucro entre os 2,56 e os 4,80 dólares por acção.
A grande questão é saber como vão continuar a procurar novas formas de fazer dinheiro além do negócio de ‘trading' afirmou Benjamin B. Wallace, analista da Westborough, depois de divulgados os resultados. "Que parte do seu capital próprio vão continuar a investir no futuro?", acrescentou em declarações Bloomberg.
Em 2013, o banco acumula ganhos de 6,3% em bolsa.
Trazendo à lembrança a responsabilidade que estas duas (e outras) instituições bancárias e financeiras tiveram nas causas da crise e as continuadas falcatruas que insistiram a implementar (pode pesquisar algumas aqui no blogue) e a pagar multas por isso, ou há uma competência emergente ou uma imunidade crescente para tais sucessos…
Se trouxermos à lembrança a distribuição (mobilidade) de ex-funcionários, ex-quadros e ex-administradores do Goldman Sachs em altos cargos governamentais, sobretudo na Europa, temos o direito de pensar em alguma (ténue) ligação estratégica, entre um facto e alguns efeitos…
Só podemos pensar, que realmente não há causas que não produzam os mesmos efeitos, ou seja, as fraudes, como qualquer outro crime, afinal compensam, na estranja ou aqui, com umas multas, absolutamente altas, mas relativamente irrisórias…
Nós é que pagamos a pena! Que pena…
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