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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PPC:"Vamos ficar mais pobres"! E cumpre a promessa!

A avaliação dos credores da economia portuguesa volta a ser positiva. Mas recheada de "ses" e de uma certeza: neste ano, "desemprego e as falências vão aumentar". Troika recupera promessa dos líderes europeus: se Portugal cumprir e ainda assim precisar de mais ajuda porque não consegue voltar aos mercados, esta será concedida.
A taxa de desemprego em Portugal vai chegar aos 14,5% este ano, podendo "diminuir ligeiramente" em 2013. As afirmações são do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que também reviu em baixa a previsão de crescimento económica para 2012, passando de uma contração de 2,8% para 3,3%.
O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, garantiu hoje que Portugal está "em condições muito melhores" do que quando o Governo tomou posse, considerando que a "evolução da economia nacional vai depender" da evolução económica europeia.
O risco de pobreza afecta 25,3% dos portugueses, ou seja, 1 em cada 4 está em risco de pobreza ou de exclusão social, percentagem superior à média europeia, que em 2012 se ficou pelos 23,4%, revelam dados do gabinete do Eurostat.
Durante o ano de 2011, o número de pedidos de ajuda feitos à CAIS foi o mais elevado de sempre, com um aumento de 6% face a 2010, com a organização a acompanhar um total de 320 utentes.
No nosso País, de acordo com a diretora executiva da Unicef Portugal, Madalena Marçal Grilo, “a pobreza urbana que afeta as crianças portuguesas é hoje menos visível, o que não significa, todavia, que não haja ainda muito por fazer” e revelou ainda que a Unicef Portugal vai relançar o programa Cidades Amigas das Crianças, protocolo ao qual aderiram, em 2007, 13 autarquias: Amadora, Aveiro, Cascais, Guarda, Matosinhos, Palmela, Ponte de Lima, Portimão, Póvoa de Varzim, Trancoso, Vila do Conde, Vila Franca de Xira e Viseu.
Ao longo dos anos, governos e autarquias concentraram-se em suprir as necessidades dos mais desfavorecidos, relegando para segundo plano o desenvolvimento da chamada habitação a custos controlados. As famílias compensaram essa falta de oferta com o crédito a preços de saldo, ainda mais barato com as bonificações do Estado.
Agora, o caminho tem de ser outro e as prioridades também. Não é só o paradigma da construção que terá de ser substituído pelo da reabilitação urbana. É preciso refocar as política de habitação num novo público-alvo, particularmente afectado pelas políticas de austeridade: a classe média.
Como PPC nos tinha prometido que iríamos ficar mais pobres, eis que chega a troika para medir o nível atingido, dão uma avaliação positiva ao trabalho do governo, que se aproxima dos objetivos traçados por ela e abraçados pelo executivo. Mais desemprego, mais falências, mais um rol de chagas sociais e económicas, mas se for preciso, prometem, haverá mais dinheiro…
Mas o programa da troika e o empréstimo não era para ajudar a pagar a dívida?
Pelos vistos é para nos ajudarem a aumentar a dívida com mais empréstimos…
Está mesmo a correr bem, só não se sabe para quem.
Quanto ao desemprego e com aquela cara de pau e de insensibilidade social, Gaspar veio anunciar 14,5% para 2012, mas com uma diminuição ligeira em 2013, o que quer dizer que no ano da “recuperação”, estaremos, nesta área, muito pior do que estamos hoje…. GRANDES PROGRESSOS! PARABÉNS!
E para “melhorar” as coisas, demonstrando assim o bom desempenho, vamos ficar pior do que hoje, em 3,3%, acima das rigorosas previsões palpitadas… GRANDES PROGRESSOS! PARABÉNS!
Fazendo eco das conclusões da troika e do ministro das Finanças, o ministro da Economia garante que Portugal está melhor do que no anterior governo, apesar de tudo estar pior, quer nos vários indicadores, quer sobretudo na vida dos portugueses e descarta desde já qualquer responsabilidade pelas pioras previsíveis, com a economia europeia.
Mitos e DESMITOS!
A prova de que tudo vai bem no reino de Portugal, é o aumento da percentagem da pobreza, que se destaca da média europeia e sempre a crescer até aos objetivos traçados…
Os números da CAIS são um mero indicador, que se multiplica por todas as IPSS, numa percentagem e números assustadores, provando-se com mais estes números, que o objetivo do empobrecimento será alcançado…
Mas as crianças, Senhor, porque lhes dais tanta dor, por que padecem assim?
Não sendo já novidade para quem anda informado, que uma das metas do neoliberalismo é acabar com a classe média, quem vê à frente um bocadinho, para além de se preocupar só com os pobres de hoje, já pensa nos “novos pobres”, gerados nessa classe média, a que quase todos pertencemos e até por isso devemos denunciar esta retórica de exorcistas de 3ª, vendedores de ilusões, que nos levam agora muitos euros e nos darão futuramente alguns tostões e uma sopinha…
Obrigado senhores, pela vossa competência ao serviço solidário em favor do vosso povo!

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