(per)Seguidores

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mudar o chefe para reduzir mais o pré dos magalas?

Abebe Aemro Selassie vai ser o próximo chefe da delegação do FMI, integrante da troika, em Portugal, em substituição de Poul Thomsen.
"Para assegurar uma transição tranquila, Selassie integra a atual 3ª missão de acompanhamento, que é liderada por Hossein Samiei", acrescentou.
Quanto a Poul Thomsen, que tem sido o líder das equipas do FMI, continuará a ter responsabilidades de acompanhamento a Portugal no Departamento Europeu do fundo e vai continuar a liderar as missões do FMI à Grécia.
Abebe Aemro Selassie é diretor adjunto do Departamento Africano do FMI.
Já aqui disse que Poul Thomsen, mesmo com s olhos azuis, não teria legitimidade para estar à frente da troika, uma vez que no seu país, a Dinamarca, nas últimas eleições quem ganhou foi uma coligação que queria e quer contrariar e inverter as políticas que o seu cidadão defende e que deve representar o partido deposto. Se ele é tão bom e capaz de resolver os problemas de outros países, seria mais lógico que começasse a resolver os do seu próprio país…
Mas temos que considerar que, individualmente, há génios (tecnocratas) que não gostam de ser escrutinados e muito menos ajudar os seus países, quando seriam imprescindíveis. Mas… Se tivermos em conta que o nosso Vítor Constâncio chegou a vice presidente do BCE, depois de ter falhado redondamente na supervisão da economia e do sistema bancário, nada nos surpreende. Se acrescentarmos o português António Borges, que nunca subiu no seu partido, mas que chegou a Representante do FMI na Europa, embora rapidamente afastado, nada nos surpreende.
Sem por em causa as competências do novo chefe da troika, Abebe Aemro Selassie, que penso que será etíope (não encontrei outra informação que não fosse o ter trabalhado no governo etíope) volta a surgir o paradoxo de um tecnocrata, que não conseguindo resolver os problemas infinitos do seu país, vir tentar resolver os “nossos” problemas, numa perspetiva individual, ou institucional.
Não deixa de ser outro paradoxo, que Poul Thomsen, que tem estado a chefiar a “solução” da Grécia, em part time e com os resultados desastrosos que conseguiu, se vá dedicar em full time àquele país, o que só pode resultar numa tragédia ainda maior para a Grécia, pela “lei” da continuidade: sempre em frente, até bater…
Quanto a nós, desconfio que vamos recomeçar de novo, por ter lido algo que o Sr. Abebe Aemro Selassie defende como fulcral para o crescimento, que se resume à redução dos vencimentos, vulgo, custos do trabalho. Vamos esperar, sem conseguirmos ver nada de melhor, seguramente!

2 comentários: