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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A impunidade dos (presumíveis) puníveis

A Operação Furacão voltou ontem a ser abordada no julgamento do BPN. A primeira testemunha chamada pelo Ministério Público, o inspector tributário Paulo Silva, revelou que uma fuga de informação no seio da investigação da Operação Furacão atrasou em mais de 2 anos a descoberta das fraudes no BPN.
Os responsáveis do BPN foram alertados para o arranque da Operação Furacão em 2005, o que lhes permitiu esconder documentos que teriam, logo nessa altura, desencadeado uma investigação autónoma às irregularidades cometidas no banco, o que só veio a acontecer no final de 2008, altura em que o BPN foi nacionalizado.
Além de tudo, teve de haver “corrupção”, ou tráfico de influências…
E agora se compreende a amnésia geral que deu a todos os VIP daquele Banco, que mesmo assim, ou depois destas informações, continuam a passear-se, impunemente pelo mundo (quem sabe se também por Portugal) e até parece mais difícil encontrá-los do que a Bin Laden.
Vigarizam, roubam, mentem, corrompem, gozam com tudo e todos e ainda estão em liberdade.
E TODOS TEM NOME! Que país que nos calhou e que concidadãos ganhamos na rifa…
O Grupo SLN, que era o dono do BPN até à sua nacionalização, detinha o Banco Insular em Cabo Verde e criou mais duas entidades naquele país africano, o Banco Sul Atlântico e o Banco Fiduciário Internacional, revelou hoje uma testemunha.
"O objetivo final do Banco Sul Atlântico era fazer a cativação de fundos de clientes angolanos e servia também para ser mais uma passagem entre o BPN e o Banco Insular", disse no tribunal Paulo Jorge Silva, inspetor tributário de Braga.
Em 2001, além da compra do Banco Insular ao grupo Fincor, José Vaz Mascarenhas, antigo presidente do banco cabo-verdiano e um dos arguidos no julgamento do caso BPN, lançou o Banco Sul Atlântico "para criar ainda maior opacidade na relação entre o BPN e o Banco Insular", reforçou a testemunha.
E como se vê, HÁ NOMES!
"Em 2007 houve uma denúncia do Montepio sobre o Banco Insular feita junto do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) por causa das contas que o banco cabo-verdiano tinha no Montepio", revelou aos jornalistas a fonte, que pediu para não ser identificada.
A mesma fonte considerou que as investigações ao caso BPN poderiam ter começado "muito mais cedo", lembrando que o desaparecimento de documentos que ligavam o BPN ao Banco Insular por causa de uma fuga de informação no âmbito da Operação Furacão impediu acelerar o processo.
Comprova-se que afinal o BdP sabia da vigarice, mas… O responsável, que deveria ter fiscalizado os factos, de imediato, ou mesmo antes, não o fez, com as “desculpas” que todos ouvimos e como prémio, subiu uns patamares, até vice-presidente do BCE, quem sabe para fazer o mesmo… Se antes só nós estávamos tramados, agora está a Europa.
Bem feito! Só exportamos quem não nos faz falta, mas só depois de constatarmos, com provas dadas…
Actualização às 20:45
BPN: DIAP arquivou inquérito a fuga de informação

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