O comendador Joe Berardo diz que Portugal vive uma “democracia podre” e defende ser necessário “mudar o sistema político”, nem que seja com “um novo género de ditadura que todos temos de aprender”.
Numa entrevista, o empresário disse estar “muito preocupado com o aumento do custo de vida em Portugal” e elegeu o desemprego entre os jovens como “o problema mais grave a nível mundial” porque “vai resultar em revoluções”, como as da Tunísia e Egito.
Sustentou que os aumentos do petróleo, IVA, impostos, redução dos ordenados na função pública, ou a duplicação do preço do trigo em menos de um ano são situações que vão provocar “uma inflação incontrolável daqui a pouco tempo”.
“Alguém tem que vir com um novo sistema de democracia e, se for preciso, mudar o sistema político”, declarou, recordando que também quando "Salazar tomou conta de Portugal não havia alimentação e havia bombas em Lisboa todos os dias nos anos 30".
"Temos que ter liderança. Tem que haver uma nova ordem de progresso", frisa, mencionando que "vivemos numa democracia podre", na qual os políticos têm a lógica do "vota em mim" prometendo vantagens.
"Portugal já deu uma volta grande no passado, foi um povo que dominou o mar há 200 anos e temos que arranjar maneira de todos nós vivermos e darmos uma oportunidade aos jovens, à nova geração", realça.
O empresário considera também que Portugal tem de começar a pensar em projectos de longo prazo e não em função dos actos eleitorais e reeleições e refere o exemplo da China, que "está a resolver os problemas para daqui a 40 anos, faz planos a 40 anos e nós em Portugal a 2 ou 3 anos, só para resolver o problema de amanhã".
"Vão ao mercado internacional apenas para pagar as dívidas, e entretanto o que vamos comer?", questiona.
Berardo salientou ainda que esta situação de crise financeira generalizada acontece enquanto "o UBS, o banco que foi o causador de uma das maiores desgraças do sistema financeiro, anunciou recordes de ganhos, mas é tudo ganhos fictícios, feitos em especulação".
"O maior roubo que está a acontecer na humanidade é feito pelos especuladores", disse, censurando o facto de ainda por cima se "estender o tapete vermelho" para os responsáveis dessas instituições quando fazem as conferências para debater os problemas financeiros, o que diz ser "inadmissível".
Segundo Berardo "não é bem a divida pública que é tão importante, mas credibilidade a nível do euro, combater as posições negativas dos especuladores nos mercados".
Boa análise de Joe Berardo.
ResponderEliminarIbel
ResponderEliminarNão se esperava outra coisa...
Miguel Loureiro, sobre o actual status quo nacional lhe colo palavras não minhas que faço minhas e com indicação da pricedência:
ResponderEliminar«A voz da consciência Nacional , Lisboa | 21/02/11 07:49
Ao longo dos anos, tem sido escandalosa e diríamos mesmo que alguns dos actos contêm uma carga criminal, quando a titulo de gratificações compensatórias de lucros inexistentes de facto, mas visíveis na engenharia financeira, são atribuídos a gestores de empresas publicas. A TAP onde um carregador de peças, ganha mais que um médico num Hospital. A RTP que paga valores absurdos aos pivôs de programa de treta, como o são o preço certo, apresentado pelo já gasto e insuportável Mendes e tantas e tantas mordomias, como a C.G.D. que em votação de coisa própria se atribuíram reformas vitalícias, como a escandalosa e agressiva para com os pobres atribuída a Mira Amaral, por ter uma passagem insignificante em termos temporais no exercício de Administrador. A manutenção destas reformas, constituem a mediocridade de um Estado e um Governo promiscuo .
Estes e outros casos fazem de Portugal um País onde os proxenetas sociais vivem no reino dos céus.
Como cristãos pedimos a Deus que evite uma revolução em que o ódio e vingança estejam presentes na execução de muitos dos nossos predadores.»
Aquilo que alguns escrevem na bloga devia ser cada vez mais tomado em linha de conta. A verdadeira sondagem está aqui na bloga e verdadeiramente alarmante é ver o maior partido da oposição, em quem devia repousar a esperança, se queimar em lume brando por tacticismo e por uma conduta pouco diferenciadora do partido no poder.
Afinal, Passos, já começa a andar demasiado engomadinho nos seus fatos de político, demasiado confiante e assertivo de quem vive num mundo que lhe é irreal.
O que a sociedade civil hoje pede é o fim declarado do proxenetismo social e esse o partido de Passos está a demorar ao não dar o próximo passo.
in
http://causavossa.blogspot.com/2011/02/proxenetas-sociais.html
Abraço solidário d Ochôa a Miguel!
Ângelo Ochôa
ResponderEliminarO engraçado é vir um Sr. Berardo vir dizer estas coisas que o BE diz, de outra forma, mas que é capaz de ter mais eco do que as razões da Moção anunciada.
Quanto aos Passos, anda devagar, mas quando lá chegar vai andar depressa, pelos mesmos caminhos, mas mais pedregosos dos que o do Sócrates,
Não temos alternativas, nem há milagre que nos safe desta irmandade ideológica.