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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Foi no Brasil, mas é pena que cá a justiça não atue!

Pela primeira vez, investidores foram condenados criminalmente por uso de informação privilegiada. A sentença é de até um ano e nove meses e multa de mais de R$ 300.000 para cada um dos dois ex-executivos da empresa Sadia.
De acordo com informações do Ministério Público Federal em São Paulo, os dois envolvidos poderão recorrer em liberdade.
Em 2006, eles negociaram, nos EUA, ações da Perdigão, sabendo que a Sadia faria oferta de compra. Os papéis valorizaram-se, dando aos dois um lucro de R$ 327.000.   
Os dois ex-executivos foram condenados pelo juiz federal substituto, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Um deles foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 349.711,53 e a pena de 1 ano e 9 meses de prisão, convertida na prestação de serviços comunitários e na proibição de exercer função de administrador ou conselheiro de companhia aberta pelo mesmo prazo de cumprimento da pena, de acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo.
O outro recebeu multa de R$ 374.940,52 e foi condenado a pena de 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão, convertidos também em prestação de serviços e proibição de exercício de função semelhante por igual período ao da pena.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que atuou com o MPF, essa sentença judicial "aumenta a confiança na ação do estado brasileiro em defesa da integridade do seu mercado de capitais e é mais uma evidência da importância do amplo e produtivo trabalho de prevenção e combate a ilícitos que vem sendo desenvolvido pela autarquia em conjunto com o MPF".
Pois, eles é que são corruptos, mas criminalizam o que obviamente deve ser crime!
Nós cá é que somos todos muito sérios, principalmente os que dizem que enriquece(ra)m à custa da Bolsa, saiba-se lá como, mas os métodos não devem divergir muito, lá, cá e em todo o mundo bolsista.
Que sirva de exemplo, não só para o Brasil como para todos os “especuladores”, não o truque, mas a criminalização!

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