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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Filhos da Pluta! Querem comer-nos a carne e a alma…

Maria João Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e conselheira especial da União Europeia, insurgiu-se hoje contra o rolo compressor que a Alemanha está a exercer sobre as economias periféricas do euro. Em última análise, avisa, países como Portugal poderão ficar condenados a ser meros fornecedores de mão-de-obra barata e qualificada para alimentar a economia do centro, em especial a alemã.
Maria João Rodrigues lançou hoje um forte apelo ao Governo português para que rapidamente “mobilize todos os recursos diplomáticos” e os “aliados” de Portugal na União Europeia para combater a corrente “bem organizada” que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia como a única saída para a actual crise na Zona Euro.
“Com uma argumentação inteligente, conseguiremos endireitar o barco e contrariar uma corrente forte e organizada de opinião que acha que o que é preciso para ultrapassar a crise da Zona Euro é mais disciplina orçamental e liberalizar os mercados de trabalho para conseguir travar salários e levar a que as pessoas emigrem dos sítios em que há desemprego para aqueles em que há falta de trabalho”, disse aos jornalistas, numa referência à falta de mão-de-obra na Alemanha – que é apontada como um dos principais factores de estrangulamento do potencial de crescimento da maior economia do euro.
“Essa lógica de organização da Europa tem de ser contestada. (…) Temos de apresentar um programa ambicioso de crescimento ligado ao nosso compromisso de consolidação orçamental”, porque “o problema central de Portugal é ter condições para crescer”, frisou.
“Estão-nos a dizer que Portugal tem de ser uma economia mais competitiva. Estou de acordo, mas a questão é como. E se nos disserem que a via é travar os salários, degradar o nosso sistema de protecção social, eu não concordo”, disse a antiga ministra socialista.
Em sua opinião, Portugal tem de apostar – e tem de ter condições para o fazer – em produtos e serviços com mais valor acrescentado que tire partido do “paradoxo de teremos hoje uma população mais qualificada, sobretudo uma massa de jovens, que não está a ser suficientemente aproveitada”. “Essa é que é a prioridade para Portugal e nós aí temos de ter uma posição muito clara, intransigente e determinada, porque estamos cobertos de razão”.
“Portugal tem um potencial muito interessante para conseguir dar a volta por cima. Mas só isso não chega. Temos de conseguir nas próximas semanas que as regras que estão a ser negociadas ao nível europeu nos ajudem a crescer”, acrescentou, precisando que é preciso dotar o FEEF dos recursos e dos instrumentos que lhe permita “garantir que todos os países têm acesso a taxas de juro mais baixas”.
“Essa é uma condição fundamental”, insistiu, lembrando que não é viável permanecer numa união monetária quando uns pagam taxas de juro de 2-4% e a outros são reclamadas taxas que oscilam entre os 4-7%. Nestas circunstâncias “não é possível convergir na Zona Euro”.
É preciso “convergência não só nas metas de disciplina orçamental, mas também na capacidade económica e nas condições sociais”, sublinhou a conselheira europeia.
Esta é das mais claras e mais graves denúncias da baixa política que reina na UE, dos países mais “ricos” também por efeito destas práticas), com o aval de quem sendo portuguesa e socialista (imagine-se!) é Conselheira Especial da própria UE. É para acreditar!
1º - Ficamos a saber que há uma corrente bem organizada que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia (onde nos incluem) como a única saída para a actual crise na Zona Euro, ou seja, trabalhamos mais barato aqui, exportamos para os países do centro (Alemanha de preferência) os portugueses mais qualificados (que produzem mais-valias, tudo para salvar a crise da Zona Euro, à custa dos mais pobres. Aliados destes, dispensam-se e combatem-se, por dignidade, nem que fiquemos como caloteiros. São todos uns filhos do Pluto!
2º - Dentro de uma coerência e coragem (que já não se usa) MJR diz que não concorda que seja através de travar os salários e degradar o nosso sistema de protecção social e para dizer isto, lá terá as razões mais técnicas e políticas para o fazer em público. O Socialismo passa por aqui!
3º - Outra tese contra a corrente, é dizer que há um paradoxo, que é o de termos hoje uma massa jovem da população mais qualificada, que não está a ser suficientemente aproveitada. E o paradoxo é incitar à formação e em troca oferecer-se desemprego, ou precariedade no trabalho, ou ainda, baixos salários. Exploração pura, estudar para ser escravo!
4º - Finalmente MJR vem dizer em voz alta o que a “esquerda radical” e o Nobel, Paul Krugman, vem defendendo há muito, que é preciso que o  FEEF garanta processos em que todos os países da UE tenham acesso a taxas de juro mais baixas. Afinal, o “radicalismo”, às vezes está em quem aponta o dedo!
Resumindo, para aqueles que querem beatificar a Sra. Merkel, aqui fica um testemunho confiável do diabolismo da política que essa Sra. defende, consertada com uns Srs. loiros, na tentativa de nos colonizar, escravizar e se deixarmos, nos sodomizar.
Mas só nos comem, se deixarmos, ou gostarmos…
Nota – Sabem como se chamam os filhos do Pluto e da Pluta? Filhos da Pluta!

4 comentários:

  1. Anabela
    Lixados já estávamos, agora estamos ferrados.

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  2. Coitadas das mães que tal filhos, e filhas, têm...

    "La vida es muy peligrosa. No por las personas que hacen el mal, sino por las que se sientan a ver lo que pasa."

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  3. Elisabete
    Por isso há que estar em guarda e pelo menos gritar...

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