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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Umha corrente que guie por augas mornas e calmas

A 18 de dezembro no Paço da Cultura de Ponte Vedra
Cantos na Maré - Festival Internacional da Lusofonia nasceu polo verao do ano 2003, em Ponte Vedra, como lugar de encontro da diversidade de vozes e músicas unidas pola pertença a um mesmo universo, o galego-português.
No festival, as vozes convergem num horizonte marinho e oceánico, no qual das marés envolventes emergem sentimentos e emoçons que banham a imensidade da riqueza cultural e musical de cada umha das terras que o conformam.
Conjugam-se através deste espetáculo musical a essência dos ambientes de países como Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Portugal e a anfitriá, Galiza, através de diferentes e múltiplas cores rítmicas, vocais e musicais que nos introduzem nos diferentes e distantes espaços, onde a magia abrangente e purificadora dos seus sons peneira as raízes que nos prendem à terra e insuflam seiva limpa que percorre a árvore comum da nossa língua.
Nesta nova ediçom de Cantos da Maré, que decorre a 18 de dezembro, o Festival continua a ser um referente importante no amplo espaço da lusofonia, além de ser um projeto que situa o nosso país entre a vanguarda que aposta pola interculturalidade, à margem de eventos orientados apenas à divulgaçom comercial e  convencionalismos, nos quais prima a homogeneidade de públicos domesticados. Aliás, ajuda a dar visibilidade à língua da Galiza e situá-la ao mesmo nível e grau que nos outros países em que se fala, contribuindo para o seu  normal e natural desenvolvimento.
Baixo a direçom artística de Uxía Senlle e a direçom musical de Paulo Borges, no Paço da Cultura de Ponte Vedra escuitaremos vozes novas e outras já consolidadas no cenário que nos ham quentar, nesta friagem da maré de invernia, o corpo e o espírito para darem início ao ritual em que as nossas saudades sejam umha só, entre latejos de cálida esperança e doçura a derreter-se no gosto da língua roçando os lábios até encher a boca dos coraçons.
De Angola, Aline Frazão; do Brasil, Lenine; de Portugal, António Zambujo e da Galiza, Guadi Galego. Neste espetáculo, mistura de intimidade e interculturalidade num tom festivo, cheio de momentos agradáveis e inesquecíveis para partilharmos umha boa travessia de naus que vogam fugindo dos temporais, na procura da mesma corrente que nos guie por augas mornas e calmas.

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