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sábado, 18 de dezembro de 2010

Debate enviesado, de Frente e de Perfil

O Presidente da República desvalorizou hoje a importância da revisão à legislação laboral apresentada esta semana pelo Governo, mas que só se pronunciará em concreto sobre as medidas quando elas chegarem a Belém para serem promulgadas.
“Na minha opinião não é pela via da alteração da legislação laboral que resolvemos os nossos problemas”, disse Cavaco Silva num debate com o também candidato presidencial, Fernando Nobre.
Cavaco Silva resumiu ainda as orientações que segue quando está em causa a análise à legislação do trabalho, avisando que nunca irá aprovar leis que ponham em causa o conceito de justa causa para despedimento.
“Em primeiro lugar cumprir a Constituição que diz que não pode haver um despedimento por justa causa, e eu jurei a Constituição”, adiantou. “O segundo referencial é o consenso que ela tenha entre os parceiros sociais e o terceiro qual o efeito sobre o crescimento da economia”, completou Cavaco Silva.
O candidato independente à Presidência da República, Fernando Nobre, entrou ao ataque no debate televisivo frente ao actual Chefe do Estado, sublinhando que a presidência de Cavaco Silva “foram cinco anos perdidos”.
“A competência reconhecida de Cavaco Silva não impediu que estivéssemos muito pior que há cinco anos. Foram cinco anos perdidos”, destacou Nobre.
O médico deu, por isso, exemplos: “Há mais desemprego, a paz social está explosiva, o desenvolvimento económico é o que é e o défice do Estado está como está”.
No entender de Fernando Nobre, “o Presidente da República tinha como funções essenciais alertar o Conselho de Estado e a Assembleia da República sobre o cenário dramático para onde que estávamos a caminhar”.
Talvez os resumos não traduzam o que se passou de mais importante no debate, mas a maioria dos meios de comunicação andam à volta disto.
E porque coincide com o que penso e tenho dito aqui, claro que gostei de ouvir Fernando Nobre questionar-se sobre o interesse deste Orçamento que penaliza de forma trágica as pessoas e, numa comparação com a medicina, afirmou que este OE era como um remédio que um médico forçava um doente a tomar, mesmo sabendo que não o curava e até o podia matar.
Mais palavras?

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