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domingo, 12 de dezembro de 2010

Os Rios correm todos para o Mar(emoto)

O presidente da CIP (ex-dirigente sindical) insistiu hoje que “seguramente não há condições” para a subida do Salário Mínimo Nacional de 450 € para 500 € no início de 2011.
Parece que, uma empresa que não pode pagar mais 25 €/mês a cada criador de mais-valia, não tem viabilidade e devia fechar. Se os preços dos produtos não vão sofrer aumentos, tudo bem, se vão, quem vai ganhar mais à custa dos pobres?
E era bom que, todos os assalariados recebessem o Ordenado Mínimo!
CIP diz que a "ideia tem pernas para andar", mas ressalva que precisa de ser trabalhada.
O “ter pernas para andar”, quer dizer que, se forem as empresas a criarem esse fundo, pára! Se for o Governo (nós todos, com o dinheiro dos nossos impostos) avancemos!
Ou seja, primeiro foram os Bancos, agora são os Empresários (que correm riscos) a meterem a mão nos nossos bolsos. Vão-se todos catar!
Patrões querem adequar as leis "aos tempos actuais".
Os patrões deste país, pioneiros em tudo (por isso estamos como estamos), também não querem perder a actualidade das leis, que se traduzem no saque aos assalariados, até igualarem os asiáticos, para ficarem mais motivados e aumentarem a produtividade, como dizem os livros… É gozo!
Para as empresas é mais importante baixar os custos de contexto do que rever as leis laborais. Entre os custos de contexto que as confederações patronais pretendem ver reduzidos destacam-se os preços da energia e das várias taxas municipais, que deixam as empresas portuguesas em desvantagem face aos seus concorrentes europeus.
Pois claro! Manter o Salário Mínimo, não aumentar os salários actuais (para o ano reduzir), diminuir as indemnizações dos despedimentos, criar um Fundo para os Despedimentos com dinheiro estatal e baixar os custos de produção…
E não querem mais nada?
Só falta pedir isenção do IRS para os Administradores e até pode ser que pegue…
Basta prometer (não precisam cumprir) que nos tiram da crise… Depois seja o que Deus (Mercado) quiser!

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