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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

“Queremos que os nossos mares sejam sãos e produtivos”, diz o Comissário Europeu para o Ambiente

A Comissão Europeia adoptou hoje um documento que define os critérios para avaliar a qualidade das águas marinhas, o que permite aos Estados membros criarem estratégias marinhas coordenadas e coerentes.
A definição destes critérios tem como meta uma boa qualidade ambiental até 2020, sendo “uma nova etapa no desenvolvimento da estratégia da UE em matéria de biodiversidade pós-2010”.
Os critérios de avaliação da qualidade ambiental das águas marinhas, baseados em pareceres científicos e técnicos de peritos independentes, dizem respeito à diversidade biológica, populações de peixes, eutrofização (excesso de nutrientes nas águas), contaminantes, lixos e ruído.
Bruxelas defende que os Estados-membros devem desenvolver planos de acção e cooperarem a nível regional.
Nem todos os países da EU têm mar, razão que nos permite pensar que este problema nunca tinha sido prioritário para a Comissão Europeia, que já de si não representa, democraticamente, os cidadãos europeus. Tal quer dizer que já vem tarde, ou melhor, muito tarde.
Também é verdade, que alguns países europeus com fronteiras marítimas, pouco ou nada retiram do mar, a não ser uns banhos no verão, por razões que se prendem com o turismo, como é o caso de Portugal.
Toda a gente sabe, que os peixes que comemos são pescados no mar (e no rio e da piscicultura), dão emprego e riqueza a quem o pesca e quanto mais pescarem, mais ganham, embora mais ganhe quem o distribui e o comercializa.
Num país como o nosso, em que o mar está à vista (não a terra, que ninguém a cultiva, por políticas de outras Comissões Europeias), não se vislumbra quem seja capaz de incentivar a indústria pesqueira, modernizada, que aumente o emprego, a riqueza das famílias e por arrasto, a riqueza do país.
Até quando?
Mas é preciso que as águas tenham a tal qualidade, que a Comissão Europeia define, mas não impõe aos Estados, apenas aconselha, como se fosse só um dever. 

4 comentários:

  1. Falas em dois problemas gravíssimos em Portugal: pesca e agricultura... melhor dizendo, quase ausência de pesca e de agricultura, fruto das políticas europeias de desmantelamento do sector primário, produtivo, para benefício de outros estados membros nestes sectores.
    O estado do país é, a este nível, miserável. Muito embora reconheça que a nível agrícola alguns sectores conseguiram modernizar-se e estão a singrar, por exemplo o sector vinícola.
    A ver vamos o que nos reserva o futuro.
    Beijocas
    Hoje deu tempo para passar aqui com calma... :)

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  2. Anabela
    Para quem como eu vive junto ao mar, vê tanto mar, descende de pescadores, vê a cada ano diminuir o número de embarcações de pesca artesanal e não se sai do artesanato, com a fome a ameaçar, quando "o mar está um cão", não precisa de ser inteligente ou perspicaz, para pensar que a maior riqueza que Portugal tem, ou devia pensar que tem, é a pesca, onde se devia investir forte e feio, para riqueza das pessoas, do país e redução do desemprego.
    Mas parece que mais ninguém vê... nem os políticos, nem os empresários, nem o tão endeusado MERCADO.

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  3. Porque não interessa.
    Ou melhor, interessa que as coisas estejam exactamente assim.
    Porca miséria de país!

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  4. É a tal PAUPEROFILIA!
    http://contra-faccao.blogspot.com/2010/08/um-neologismo-com-um-sentido.html

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