Krugman antes de conhecer o PIB dos EUA
O vencedor do Nobel da economia em 2008, acusa o governo dos EUA de estar a "embelezar" a situação económica do país e clama por novas medidas de estímulo.
Na sua coluna no "New York Times", no passado dia 27, Paul Krugman defendeu:
"Precisamos de um crescimento de 2,5%, só para impedir que o desemprego aumente, e de um crescimento muito maior para que efectivamente desça", advertiu.
Ainda segundo Krugman, Obama deveria renovar o apoio às famílias e subir o nível das críticas às políticas monetárias da China: "Já vimos as consequências de jogar pelo seguro, e esperar que a recuperação aconteça por si. Resultou naquilo que, cada vez mais, aparenta ser um estado de estagnação e de subida de desemprego", concluiu.
O presidente dos Estados Unidos afirmou hoje que, após a missão no Iraque, a tarefa mais urgente do seu Governo é restaurar a economia e criar empregos: “A nossa tarefa mais urgente é restaurar a nossa economia e pôr para trabalhar os milhões de americanos que perderam os seus empregos” e reiterou o seu compromisso com a criação de empregos, quando a taxa de desemprego nos EUA está em 9,5%.
Segundo o presidente, é preciso assegurar que todas as crianças tenham a educação que merecem e que os trabalhadores americanos tenham as competências necessárias para competir na economia global.
A economia norte-americana precisa de outro programa de estímulos da mesma dimensão que o pacote levado a cabo pelo presidente Obama ao Congresso em Fevereiro de 2009, defendeu o economista Paul Krugman.
Estímulos adicionais poderiam vir de cortes de impostos, mas não junto dos mais ricos ou das empresas, uma vez que estes não deverão gastar muito desse valor para fazer a diferença, realçou.
Para o Nobel da Economia, um corte de impostos nos salários seria a melhor solução, pois daria mais capital às pessoas, que poderiam aumentar o consumo.
Abriu a época das negociações salariais para o próximo ano e com ela o rol de aumentos reivindicados pelos sindicatos e as expressões de desagrado dos representantes das empresas.
Os Sindicatos (Confederações) defendem:
- A CGTP reclama aumentos gerais de 3,5%;
- O SQTE, afecto à UGT, pretende aumentos de 2% na função pública;
- Os economistas defendem tolerância zero para os aumentos salariais.
Para os sindicatos, a ideia é repor a perda de poder de compra, com o argumento de que fortalece o mercado interno e, assim, o crescimento económico.
Os empresários e economistas lembram que a maior parte do consumo nacional recorre às importações e que, por isso, a economia só crescerá por via das exportações. Além disso, num momento de austeridade, aumentos salariais iriam obrigar a esforços ainda maiores e seriam vistos internacionalmente como uma brincadeira de mau gosto.
Os especialistas reconhecidos e os poderosos opinam:
Krugman (Nobel 2008) defende o emprego, o apoio às famílias e críticas às políticas monetárias da China.
Obama (Presidente dos EUA), justifica a retirada(?) do Iraque para restaurar a economia e criar empregos.
Krugman (Nobel 2008) defende que novos programa de estímulos à economia, não devem ser para os mais ricos ou empresas, mas em cortes nos impostos dos salários (de quem trabalha).
Em Portugal:
As Confederações Sindicais, afinam pelo Paul Krugman e Barak Obama,
Os nossos economistas (com várias reformas, prémios de desempenho, mesmo com medidas desastrosas acumuladas), defendem aumentos de salários ZERO, para os que trabalham e produzem mais-valia, a ver se sobra alguma coisinha para aumentos da corporação…
Os nossos empresários, defensores do Mercado, abrigam-se à sombra do Governo e estão de acordo com os nossos economistas.
Afinal, porque terão laureado Krugman (para não referir outros) com o prémio Nobel da Economia? Provavelmente porque nenhum economista português concorreu…
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