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sábado, 4 de setembro de 2010

Os Bombeiros Voluntários são voluntários e são bombeiros

O vice-presidente da Câmara de Gaia defendeu a criação de um apoio estatal aos Bombeiros Voluntários para financiar a actividade. O autarca entende que o contributo não deve ser meramente local, mas deve ser nacional, à semelhança do que sucede com o INEM, até porque, sobretudo no Verão e devido aos incêndios, muitas corporações viajam para fora das fronteiras dos seus municípios para ajudar no combate às chamas. "Nunca dizem não", apesar de todas as dificuldades financeiras e mesmo quando há facturas em atraso, adianta.
E realça o exemplo do Município de Gaia, que só em despesas de funcionamento gasta, anualmente, 5.000.000 de euros com os Sapadores, enquanto as 6 corporações de Voluntários recebem apenas 50.000 euros por ano, reconhecendo que estes 50.000 euros são o "sinal de gratidão" possível, num quadro de limitações orçamentais.
"O sistema de voluntariado em Portugal é barato", sustenta o autraca, alertando que o Estado pagará mais tarde esta falta de apoio às corporações de Voluntários.
Pouco fica por dizer sobre o bom serviço prestado pelo Bombeiros Voluntários;
Muito fica para dizer sobre o comportamento do poder e do aproveitamento dos voluntários;
Quase nada fica para dizer sobre as alterações ventiladas e com fundamento;
Mas, a crise que tem as costas largas, há-de justificar tudo isto, com os prejuízos anunciados e visíveis, embora se tenha que dizer que este problema existe muito antes da crise, sem que ninguém se tenha pronunciado, com esta evidência.
Quando ia a terminar com um apelo ao Padroeiro dos Bombeiros, deparei com um trilema:
No estrangeiro, é São Floriano;
No Brasil, à cautela, há dois, Santa Bárbara e São João de Deus e
Em Portugal, é São Marçal, mais conhecido por São Marcial de Limoges, o grande apóstolo de Aquitânia.
Por isso, o melhor é dizer: “que todos os santos ajudem os bombeiros e nos livrem dos incendiários”. Amen!

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