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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A lusofonia não pode ser um epitáfio de Fernando Pessoa, tem que ser solidariedade e acção

D. Ximenes Belo: "a luta continua", mas pela educação e língua portuguesa
Numa sessão em Coimbra, agradeceu a recolha de material escolar para Timor-Leste, Ximenes Belo observou que “Podemos dizer, como os nossos guerrilheiros, a luta continua! A luta continua, na formação da mente, dos corações, na cultura, na amizade com o povo português”, acrescentou.
A campanha "1/2 lápis, 1/2 borracha e 1 caderno para Timor", foi desenvolvida pela Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (LAHUC), e pelo o Rotary Kids Club de Coimbra. “Um lápis, uma borracha, fará brilhar os olhos das nossas crianças perdidas nas aldeias das montanhas de Timor”, observou o prelado.
O Bispo D. Ximenes Belo aproveitou para apelar aos países de língua oficial portuguesa para apoiarem com materiais e professores, mas, na sua óptica, “Timor precisaria de outros meios, de jornais, de rádio, de televisão, para contornar os efeitos das campanhas linguísticas dos países vizinhos.
Dizer que “a nossa pátria é a língua portuguesa”, é um cliché que não faz sentido, se não tiver apoios, solidariedade e abrangência, independentemente dos Acordos Ortográficos.
Conheci pessoalmente e tive três contactos com D. Ximesnes Belo, através do Rotary e a sensação que se tem é a de um Homem de outra dimensão, que irradia algo que não sabemos explicar e nos transmite uma energia que nos faz pele de galinha,
As suas palavras são sempre o reflexo desse sossego e de perdão, mas determinadas e motivadoras, pela clarividência dos seus objectivos,
Sobre o ensino da língua portuguesa, é uma luta em que também o Bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento é figura preponderante e com quem o Rotary em Portugal teve e tem programas de apoio financeiro e patrocínios vários, por insuficiência de outros apoios de quem de direito.
Todas as campanhas que possam ser implementadas pela sociedade civil, individual ou colectivamente, serão a garantia do que Pessoa nos quis legar e tanto quanto sei, DICIONÁRIOS é o que, todos os lusófonos carenciados, mais apreciam.
Juntemo-nos e façamos, sem mais palavras.

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