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sábado, 6 de outubro de 2012

Não há bem que sempre dura, só o mal é que perdura!

"UE fica sem fundos para financiar bolsas Erasmus", escreve La Vanguardia. Bruxelas terá pedido contribuições dos Estados-membros para salvar este bem sucedido programa de intercâmbio de estudantes, bem como outros projetos, como o Fundo Social Europeu, os Fundos Estruturais europeus e programas de investigação, cujos pagamentos são feitos nos últimos meses do ano. Este diário de Barcelona salienta que Bruxelas defendeu a causa simbólica do Erasmus na sua batalha com as capitais e com os deputados europeus, chamando a atenção para os problemas resultantes de cortes passados e futuros, em especial em países com dificuldades económicas, como a Espanha, cujas universidades são as primeiras no acolhimento de estudantes da UE com bolsas.
Citado pelo EUbusiness.com, Alain Lamassoure, presidente da Comissão do Orçamento do Parlamento Europeu, advertiu que o Fundo Social Europeu está falido e não pode reembolsar os Estados-membros. Na próxima semana, será o programa para estudantes Erasmus; no fim do mês, o Fundo para a Inovação e a Investigação.
Lamassoure estima os défices em 10 mil milhões de euros, pelo que será provável que, nas próximas semanas, o comissário do Orçamento Janusz Lewandowski peça aos Estados-membros "vários milhares de milhões de euros" extra para preencher a lacuna, refere o Dziennik Gazeta Prawna.
Embora a Comissão Europeia não tenha confirmado os números apresentados por Lamassoure, La Vanguardia anuncia a apresentação, em 23 de outubro, de um orçamento retificativo "substancial", para evitar a "suspensão de pagamentos". Entretanto, a Comissão já atribuiu 420 milhões de euros para pagamento das contas mais urgentes. Segundo o Dziennik Gazeta Prawna, é altamente improvável que os Estados-membros venham a desembolsar os fundos extra, visto que os problemas que os programas sociais da UE enfrentam são causados pelas medidas de austeridade introduzidas pelos contribuintes líquidos para o orçamento da UE, que, este ano, se elevam a 4 mil milhões de euros.
Já não sabemos se pegou moda, mas cortar para remediar os focos de gangrena parece ser o método, mais do que desusado, para tentar “salvar” o corpo do estropiado…
E até tem lógica que Bruxelas, que receita austeridade para os países-membros, também mude de vida, cortando no que à União diga respeito.
E por isso tem lógica, que como nos países-membros, os cortes sejam feitos aos fracos, para deixar mais para os mais protegidos, no caso, os milhares de funcionários, as centenas de deputados europeus e as centenas de governantes e assessores… Pois claro!
Como o objetivo do programa era formatar os jovens para a consciência de “cidadãos europeus” e antes que desse resultados, toca a implodir o “Erasmus”, por coincidência quando fazia 25 anos…
Assim, ficamos a que saber que acabando com a estratégia se pode subentender que se acaba com o objetivo e que a ideia de “cidadão europeu” já não interessa ao menino Jesus, muito menos à União. Será o prenúncio de algo mais profundo?
Erasmus, uma fábrica de Europeus
Desde que foi criado em 1987, 1.700.000 de estudantes europeus participaram neste programa de intercâmbio. 20 anos após a sua criação, poderemos concluir que o Erasmus contribuiu, de facto, para forjar um espírito europeu mais aberto?

2 comentários:

  1. Que tristeza, Miguel! :((((((((((((((
    Parece que no fim não haverá nada de pé...

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    1. O que diziam ser o melhor para o "europeu" escafedeu...
      Antes do fim esperemos que haja o antes...

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