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sábado, 6 de outubro de 2012

Da submissão à capitulação! V-E-R-G-O-N-H-A!

As mudanças no programa de ajustamento negociado por Portugal com a "troika" não terão de ser aprovadas no plenário do parlamento alemão, decidiu hoje, em Berlim, a comissão parlamentar do orçamento.
Em causa estava o adiamento de 2013 para 2014 da redução do défice estrutural para 3%, que o FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia aceitaram, após a última ronda negocial com o governo PSD/CDS, em agosto.
A oposição social democrata (SPD) e ambientalista (Verdes) no parlamento alemão tinha exigido que as alterações ao programa português subissem ao plenário, alegando que se podia abrir um precedente para a Grécia, em situação financeira ainda mais delicada do que Portugal.
Alterações semelhantes no programa da Grécia não escapam a aprovação no Bundestag
Após uma reunião extraordinária da comissão parlamentar do orçamento do Bundestag, o porta-voz dos democratas-cristãos (CDU/CSU) para assuntos financeiros, Norbert Barthle, anunciou, no entanto, que houve acordo entre as forças políticas representadas no hemiciclo para aceitar as alterações.
O porta-voz dos sociais democratas, Carsten Schneider, sublinhou, porém, que a concessão a Portugal de mais 1 ano para cumprir a meta do défice "é uma profunda alteração" do programa de ajustamento. Com esta decisão, o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, já poderá aprovar as alterações ao programa português na reunião do Eurogrupo agendada para segunda-feira, no Luxemburgo, para que seja libertada a próxima "tranche" do empréstimo de 78 mil milhões a Portugal, que ascende a 4,3 mil milhões de euros.
Simultaneamente, a comissão parlamentar do orçamento decidiu que, caso sejam necessárias alterações semelhantes no programa de ajustamento da Grécia, estas terão de ser submetidas ao plenário do Bundestag.
A "troika" está a examinar, em Atenas, o cumprimento do referido programa, e só se houver luz verde do FMI e da União Europeia a Grécia receberá a próxima tranche do seu resgate de 110 mil milhões de euros, que perfaz 31,5 mil milhões de euros.
Ou seja, afinal os funcionários da troika devem ter uma avença do FMI, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, porque deve ser a Alemanha que lhes paga o grosso dos honorários, já que as suas propostas são consentidas, ou não, pelo Bundestag, que se arroga ao direito de as ratificar…
Isto quer dizer que o nosso OE 2013 já foi “aprovado” previamente (de conversa) pela Comissão Parlamentar do Orçamento do Bundestag, com a abstenção da aprovação formal no Parlamento alemão e só depois poderá ser “aprovado” pela Assembleia da República portuguesa… Se isto não é a humilhação de uma nação soberana – Portugal - e o domínio político-económico-financeiro, com direito aos despojos de guerra, o que é que se pode chamar?
Se aceitarmos esta palhaçada ditatorial, quer ao nível de todos os órgãos de soberania, quer dos cidadãos portugueses, estamos desde já a rendermo-nos ao “inimigo”, a capitular, sem uma assinatura formal nem outro documento que não seja o Memorando, que pensávamos que não era da jurisdição de um outro país-membro da “União”, que também já capitulou várias vezes, sem ter passado por humilhação maior, apesar de ter cometido crimes hediondos contra a Humanidade… Haverá também uma chamada “vingança do alemão”?
Inexplicável e de mau presságio, é que tenha sido o SPD e os Verdes (esquerda q.b.) e provavelmente os partidos do poder na Alemanha pós Merkel, que se tenham lembrado desta usurpação, o que quer dizer que vamos ficar na mesma, mesmo depois de mudarem as moscas, pela simples razão de serem todos alemães…
A seguir, numa fase mais avançada de pilhagem estará a Grécia a passar pelo mesmo método inquisitório, para lhe “oferecerem” mais uns trocos, para pagarem à Alemanha, para esta pagar à troika, que os dispensa de dar a cara neste jogo sujo…
E nesta trama em que nos enredaram, ainda gozam com o povo, e não merecem outra resposta que não esta:
“Monta os burros da feira e diz que são bestiais
O bispo das Forças Armadas acusou o Governo e particularmente Vítor Gaspar de usar “linguagem salazarista” ao referir-se aos portugueses como o “melhor povo do mundo”.
“É um Governo que monta os burros da feira e depois diz que são bestiais”, lamentou D. Januário Torgal Ferreira. “Nem andam a zurrar, nem levantam as patas. Fazem para aí uns barulhos de vez em quando, mas aceitam tudo. São o melhor do mundo”, acrescentou.
O bispo disse, ainda, que é uma linguagem que “vem na linha da de Pedro Passos Coelho quando este agradeceu a resignação dos pobres, humildes e ofendidos”.
Mas mais elucidativa da visão que já está interiorizada no subconsciente de quem nos governa, é esta deliciosamente ridícula submissão e de sub missão que para si própria aceita e com que nos quer convencer da inevitabilidade da capitulação…
Não há adjetivo que lhe sirva, nem carapuça para tão grande cabeça!

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