O desastre anunciado está confirmado. A média dos alunos do 9.º ano no teste intermédio de Matemática, realizado em Maio passado, ficou-se nos 31,1%, segundo dados do Gabinete de Avaliação Educacional (Gave), o organismo do Ministério da Educação e Ciência responsável pela elaboração dos exames.
Ontem conheceram-se também os resultados das provas de aferição do 4.º ano: a média a Matemática desceu 14% por comparação a 2011, situando-se agora nos 53,9%. A percentagem de negativas mais do que duplicou, passando de 19% para 43%.
Também na prova de aferição de Língua Portuguesa a média desceu de 69,3% para 66,7% e a percentagem de negativas subiu de 12% para 20%.
O futuro? “Mais formação contínua para os professores do 1.º ciclo (este ano não houve) e que o ministério pense numa alternativa para eventuais novos maus resultados no próximo ano, de modo a evitar que a estreia de exames no 4.º ano se salde em mais reprovações”, aconselha Elsa Barbosa, presidente da Associação de Professores de Matemática.
Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, também aconselha mais formação para professores, mas sobretudo insiste na “necessidade de recentrar o ensino da Matemática no que é fundamental aprender: insistir nos conceitos básicos, em exercícios e problemas variados”.
O ministro da Educação e Ciência disse que a resposta para enfrentar os resultados alcançados nas Prova de Aferição de Matemática assenta na estruturação dos programas. “…Estamos neste momento a construir metas para o ensino do Português e da Matemática e vamos alargar essas metas para outras áreas disciplinares e esta poderá ser uma das maneiras de obviar certas dificuldades que existem", salientou.
Se isto fosse um desastre estaríamos bem, porque se os resultados fossem “melhores” estaríamos na mesma. E dizem agora que isto já estava anunciado, mas eu diria mais, está escrito nos astros, pela simples razão de a Matemática e a Língua Materna serem APENAS 2 das 7 (ou 9) Inteligências Múltiplas que todos possuímos, uns mais umas do que outras, o que quer dizer que para se “ser bom” em qualquer uma delas é preciso trabalhá-las todas, para se ser um SER por inteiro.
Até se chegou a dizer, há pouquinhos anos, que se subíssemos no ranking da OCDE, ou do PISA, a crise ia dar uma volta e nós seríamos prósperos e felizes…
Como disseram (e insistem) que um licenciado tinha muito mais hipóteses de encontrar trabalho, melhores remunerações e mais produtividade… Acertaram em cheio!
Desde a secularização da EDUCAÇÃO que os dois vetores a que se dá primazia são a matemática e a linguística, que até hoje tem dominado os sistemas educativos, com os resultados conhecidos, nada abonatórios para quem defende estes pilares da estrutura educativa.
A educação pelas ARTES é um modelo que não cabe na ignorância dos matemáticos e palradores, muito por fruto dos lobbies (não legalizados) que querem convencer o Zé de que as duas disciplinas que fazem um verdadeiro HOMEM/MULHER (para além da tropa) são precisamente as que eles lecionam.
Será por isso, que Miguel Ângelo e Picasso, Beethoven e Ravel, Anna Pavlova e Nureyev, Louis Armestrong e Rubinstein, Freddie Mercury e Pavarotti, Pelé e Michael Phelps e por aí fora (de quem não sabemos se falavam e escreviam bem ou se faziam contas sem erros), poderão ser considerados destituídos? Sem retirar o valor aos grandes matemáticos, físicos, químicos, biólogos, escritores, etc.
E vem os representantes dos matemáticos dizer que já esperavam o “desastre” e que os professores é que precisam de formação e que assim os exames do 4º ano (outra trampolinice) vão ser outro desastre (para as crianças, claro!) e que é preciso recentrar o ensino da matemática no que é fundamental (para quê?) aprender e blá, blá, blá… Já sabemos que muita gente a quem a carapuça lhes serve vem já dizer que é preciso fazer ginástica mental (todas as disciplinas o fazem e melhor) e treinar a abstração (coisa que só conseguimos fazer depois dos 12 anos) e mais uns propósitos não provados, muito menos exclusivos.
E vem o ministro (da educação), matematicamente desculpar-se, dizendo que estão a construir metas (só agora no Século XXI) para o ensino do Português e da Matemática (sempre com mais sopa para quem não gosta de sopa) e que vão alargar essas metas para outras áreas disciplinares (não acredito!), o que poderá ser uma das maneiras de obviar certas dificuldades…
Pois claro! Só valorizando todas as áreas e todas as disciplinas, em que cada pessoa tem as suas inteligências (queda ou jeito) mais ou menos desenvolvidas, se pode modelar o/a HOMEM/MULHER novo/a, pondo de lado a ideia da formação de trabalhadorzinhos para satisfazer os apetites dos empresariozinhos, para mal da Nação…
O que é preciso, mesmo, é recauchutar o Sistema Educativo, depois da necessária avaliação, com base nas aferições contínuas sem consequências.
Já nos chega saber (sem protestar) que a inteligência lógico-matemática dos governantes se reduz a DIMINUIR os direitos e ordenados dos que trabalham, SOMAR impostos a qualquer preço, DIVIDIR as benesses da economia pelos seus correligionários e MULTIPLICAR a pobreza, custe o que custar…
Sobre a inteligência linguística, já enjoa ouvir, vagarosamente, palavras maviosas e retórica de homilias de cura de aldeia…
Poupem-nos!
Pronto!!
ResponderEliminarAí vem mais uma reestruturação!!!
Irra!!!
Reestruturação, em Educação, significa mais horas de Matemática e eventualmente de Português... O conceito varia conforme o ministério.
EliminarFartinha disto tudo!
ResponderEliminarAbraço
maria
EliminarEu não dizia! O Crato já aumentou o número de horas de matemática...
Pareço bruxo!