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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Em todo o lado e sempre há Borges e Borge(a)s!

andas a pedir uma medida extremamente dura…
Descrito pelo presidente François Hollande como o mais rigoroso em 30 anos, o orçamento pretende tranquilizar os mercados financeiros e manter o país no rumo do seu ambicioso programa de austeridade.
O governo da França anunciou o projeto de orçamento público para o ano de 2013, prevendo aumento de impostos e cortes de despesas no total de 36,9 mil milhões de euros. A elevação dos impostos, com novas taxas cobradas sobre quem ganha altos salários e junto das empresas. Pelas novas regras, quem ganha mais de 150.000 euros por ano pagará um IRS de 45% e uma taxa excecional de 75% será cobrada a quem ganha mais de 1.000.000 de euros por ano, mas vigorará apenas por 2 anos.
Cerca de 40.000 pessoas saíram à rua em 40 cidades alemãs para pedir “uma repartição mais justa da riqueza”. As manifestações foram secundadas pelas formações políticas parlamentares de esquerda e de centro-esquerda. O partido social-democrata, Os Verdes, A Esquerda, assim como diversos sindicatos e cerca de 300 organizações sociais reclamaram, entre outras medidas para “preservar o estado social”, que se introduza um imposto para os mais ricos.
Quem paga tem o direito de saber quem leva o seu dinheiro e por que o faz. Os cidadãos veem como o Estado corta na saúde, educação e prestações públicas, enquanto socorre aos bancos, o que provoca uma indignação difícil de conter. O Governo disse que pedirá à Europa 40.000 milhões para o último resgate, mas este não é o primeiro dinheiro destinado à banca.
A Grécia irá revelar um esboço do orçamento para 2013, que vem irá incluir mais cortes nos salários do setor público, pensões e benefícios de bem-estar social como parte de um pacote de austeridade de 11,5 mil milhões de euros que será implementado durante os próximos 2 anos para impressionar os credores internacionais, mas também prolongará o sofrimento económico do povo grego.
O “princípio do martelo” diz-nos que se o único instrumento de que dispomos é um martelo, tendemos a ver qualquer problema como um prego.
Perante uma crise com as mesmas causas, em que a Banca e especuladores estão na sua origem e em que os ricos mais enriqueceram com ela, diferentes países procuram diferentes soluções para os mesmos efeitos nefastos, conforme…
Em França, os mais ricos, pela primeira vez e temporariamente, vão contribuir para saldar(?) a dívida do país, que como em todos os outros tem a maior cota de responsabilidade.
Na Alemanha, apesar da riqueza do país, essa riqueza não é justamente distribuída pelos cidadãos e em que os mais ricos vão ficando mais ricos, são “convidados” a contribuírem com mais, para que mais pessoas tenham direito aos direitos sociais, com TODOS OS PARTIDOS À ESQUERDA a reivindicarem essa imposição.
Em Espanha, em que a Banca (espanhola e alemã) criou e rebentou a bolha (imobiliária) e empurrou o país para a crise, vê-se beneficiada pelo governo que lhe avaliza pedidos de molhadas de dinheiro (como objetivo), enquanto o povo pagará por eles e para eles (sem previsões). E depois que se queixem!
Na Grécia, das ilhas privadas e o povo privado do essencial, pelo 6º ano consecutivo, torna a cortar nos que já nada tem, nem direito aos direitos, mas como se diz que o Estado está em fase terminal, o objetivo (sem previsões) já é só impressionar os credores internacionais e quem cá ficar que pague a fatura. E depois que se queixem!
Em Portugal, já sabemos que vai ser mais ou menos como em Espanha e na Grécia, seremos todos pregos a enterrar mais e mais com cada martelada, com previsões (bem feitas, mas que nunca acertam) e com objetivos (ocultos) bem definidos (que nunca falham e se adiam) em defesa da Banca, dos banqueiros, das PPP, da Fundações, dos Institutos, dos Observatórios, dos Bosses e dos que mais podem e transladam à volta do poder (grande empresas sem regulamentação e com preços selvagens), mais a venda em saldo das Empresas Públicas, que geram dinheiro e entretanto só confiscos à ralé… E depois que se queixem!
Afinal, as mesmas causas produzem efeitos diferentes, conforme as crenças dos “investigadores” e a paciência das cobaias…

2 comentários:

  1. O Tone Burgesso tem um excelente livro de recomendações. Um breve apanhado: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO044780.html

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    1. Luís
      O que não faltam são testemunhos sobre as manigâncias do Goldman Sachs.
      Já publiquei histórias de trafulhices recentes aqui:
      http://contra-faccao.blogspot.pt/2012/09/julgar-politicos-sim-mas-antes-estes.html
      Depois de amanhã vai mais um testemunho de um ex assassino económico convertido, John Perkins, que conta tudo...
      O Borges e o Relvas, nem vale a apena dar-lhes troco, que é o que eles querem para nos distrairmos... E funciona!
      Abraço

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