Frequentemente usa a primeira pessoa do plural. "Não chegámos ao ponto de ter de recusar tudo a toda a gente." Refere-se a conversas com Passos Coelho ou Paulo Macedo.
Deixa implícito o sentimento de pertença a um colectivo. Não foi convidado para ser ministro. O seu colectivo deixou de ser há muito o dos socialistas. Ouvindo-o, custa a crer que um dia foi ministro de um governo de António Guterres. Ou talvez por isso mesmo - pela zanga - seja impiedoso com aqueles que, um dia, foram uma espécie de "compagnons de route". O que recusa. O problema não é o PS. O problema estava nos "compagnons de route". Não consegue falar da crise sem apontar nomes responsáveis. Nomes socialistas. Não se inibe de dizer que o BPN foi uma brincadeira de crianças comparado com aquilo que alguns socialistas fizeram. Sobre Passos e a acção governativa: vai mais longe, radicaliza as opções, defende o fim do Serviço Nacional de Saúde gratuito para todos. A procissão ainda vai no adro. Daniel Bessa não é um Velho do Restelo. O que faz, defende, é uma gestão cuidadosa de expectativas. Entrevista na Cotec, no Porto. A sala não estava aquecida e ele estava em mangas de camisa. Um dos seus maiores activos - estamos a falar de um economista - é ter os pés na terra. Ou ser um rafeiro, como também diz. Não contem com ele para falinhas mansas. Os portugueses também são assim: tudo a eito.
Está zangado com o País? Quando é que começou a zanga?
Pressinto onde essa pergunta nos leva… Não estou feliz, mas não estou zangado com Portugal. Estou provavelmente zangado com algumas pessoas que em nosso nome nos conduziram aqui. Não consigo falar desta crise sem falar de caras.
Começamos a apercebermo-nos, de que as críticas de alguns “notáveis” e poderosos em favor dos “mais desfavorecidos” afinal são críticas em favor deles próprios e nem vale a pena enumerá-los...
Sempre que estes “educadores da classe média” sugerem, sem o mínimo de consciência social, cortes nos salários e pensões e mais austeridade, quando lhes chega o fogo ao pelo, descobrem, para eles, as razões mais ridículas para os direitos adquiridos, para eles.
Claro que não sou nem serei nunca a favor da censura, mas quando se ouve este especialista e ex ministro (socialista), que opina nas nossas TVs, dando a entender que o faz com razoabilidade e autoridade profissional e acaba por dizer o que disse, apenas por estar ressabiado, já estou de acordo em que se lhe retire a palavra e os comentários, por justa causa, ou seja, por inabilidade para a função, ou por insanidade…
E quem insistir em convidá-lo para nos (in)formar, está nitidamente e insultuosamente a tentar manipular os seus ouvistes/leitores, com propósitos ocultos, mas alinhados com todos os governantes que já disseram o mesmo e até de forma mais agridoce...
Portugueses destes, não fazem falta em Portugal e o melhor, por coerência, seria mesmo emigrarem porque resolviam 2 problemas: o deles e os nossos…
Boa viagem!
Irra... que estes tipos todos gostaram do slogan piroso, foleiro e revelador de incapacidade política!
ResponderEliminarEste deve ter alguma pedra no sapato, como o Cavaco, o Catroga, o Ângelo Correia, etc...
EliminarVolta, Maria da Fonte! Estes senhores precisam de ser corridos nem que seja com chuços e foices.
ResponderEliminarElisabete, se falar em foices, foices, comunismo, comunismo cassete, cassete não tem razão...
EliminarPrecisavam era de ser calados, porque ninguém é obrigado, pagando, a ouvi-los.
Se os 700 000 desempregados fossem embora... Se os velhos que recebem pensões miseráveis fossem embora... Cuidado com este tipo de pensamentos!!! Em tempos, houve alguém que pensou: "Se os Judeus fossem embora...".
ResponderEliminarPode parecer exagerado, mas talvez não seja assim tanto. Há muitas árvores de altíssimo porte que nascem de sementes mais pequenas do que um grão de arroz. Basta haver condições favoráveis à germinação.
Por que raio não havemos de poder viver todos aqui?
Ainda por cima, os que sofrem é que querem cá ficar, se eles não estão bem... ala que se faz tarde!
EliminarLuís, a gente já não destrinça o que é o holocausto... morrer de vagar não sei se é pior.
Ora, nem mais, Miguel!
ResponderEliminarMorrer devagar é, pelo menos, igual.
E já agora: as foices podem meter medo a alguns; mas estes papagaios, fanáticos do Liberalismo sem preocupações sociais e morais, enregelam-me e roubam-me a vontade de viver. E é por isso que, não sendo defensora da violência, às vezes me apetece pegar num chuço e dar cabo deles todos. Porque conseguem embrutecer o povo que acredita neles.
Elisabete
EliminarSó falta quem comece com chuço para a bicha ir engrossando. Só que quem devia levar com eles anda acompanhado de gorilas e só as vozes doa sacrificados chegaram aos ouvidos do PR.
Quando ouço alguns opinadores dizerem, tout court, o PCP e o BE não contam para nada, é a prova de que a razão não é a base das suas análises, mas a defesa dos seus interesses.
Curiosamente, quer a UE, CE, BCE e os nossos fanáticos da austeridade para os outros, tem vindo a aceitar, devagar, todas as medidas propostas pela esquerda, desde a renegociação da dívida, até à aposta no crescimento.
Enfim...