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terça-feira, 17 de julho de 2012

A TEORIA DO CAOS caoticamente explicada pelo FMI

O FMI divulgou novas projeções económicas, com números mais pessimistas em relação ao relatório publicado em abril. Estados Unidos, França, e os "Brics" como China, Índia e Brasil tiveram as suas projeções de crescimento para 2012 e 2013.
A economia global vai crescer 3,5% este ano e 3,9% no próximo, enquanto a economia da zona euro vai encolher 0,3% este ano e aumentar apenas 0,7% em 2013.
Os Estados Unidos estão a caminho de um "precipício orçamental" que poderá ter consequências significativas para a economia mundial, alertou o FMI. O problema não é que os EUA tenham um défice demasiado alto - é que podem cortá-lo demais.
O Fundo destaca a desaceleração ocorrida nos últimos meses em mercados emergentes como o Brasil, China e Índia, graças a políticas que tentaram travar o superaquecimento de suas economias. Além disso, a América Latina acusará a desaceleração da China, que deixará de crescer entre 9% e 10%, como vinha fazendo, para fazê-lo a 8% em 2012 e 8,5% em 2013.
O FMI reviu a expetativa de 3,1% para 2,5% e justificou as revisões, que atingiram diversos países, com a fraqueza da recuperação global relativamente à crise económica.
O FMI considera que Angola conseguiu estabilizar a situação financeira e está em aceleração do crescimento económico, mas que ainda está vulnerável a uma quebra das receitas petrolíferas.
O Fundo prevê que os preços do petróleo deverão cair em média 2,1% este ano e 7,5% no próximo.
O peso da dívida pública no PIB foi revisto de novo em alta, estando a caminho dos 120% do PIB, mostra FMI. O aumento da fatura com as ajudas públicas à capitalização dos bancos são a principal explicação referida pelo FMI. Contas feitas, significa que os portugueses estão a dever por conta do sector público cerca de 192 mil milhões euros este ano, valor que engordará até aos 202 mil milhões de euros no próximo. São mais 3,4 mil milhões de agravamento em 2012 a que somam mais 5,6 mil milhões de euros em 2013.
“Os países sob pressão têm de continuar com a consolidação orçamental, ajustamento de preços e salários, reformas estruturais e recapitalização bancária, se e quando necessário”, defendeu o economista chefe do FMI, Blanchard.
Para o FMI, há uma “fadiga de ajustamento” nos países alvo de ajuda externa.
"Esse perigo [de fadiga de austeridade] existe", reconhece João Loureiro, economista e professor da Universidade do Porto. "E o risco será ainda maior se [as eventuais medidas adicionais de austeridade] forem pelo lado da receita fiscal, nomeadamente impostos sobre o rendimento, seja de trabalho ou de capital", acrescenta.
O processo de ajustamento orçamental em Portugal "prossegue como o previsto", apesar de manter as previsões para o défice, o FMI eleva as projeções para a dívida pública: considera que irá chegar aos 114,4% este ano e aos 118,6% no próximo.
O Fundo prevê que a economia espanhola encolha 1,5% este ano e 0,6% no próximo, números que constituem revisões em baixa face às projeções anteriores e apresenta também previsões para a evolução do défice orçamental espanhol, apontando 7% e 5,9% do PIB em 2012 e 2013, respetivamente.
O FMI confirmou que o PIB da Itália vai contrair 1,9% neste ano e 0,3% em 2013, mantendo as previsões feitas em abril. O défice italiano, porém, deve atingir 125,8% em 2012 e 126,4% no ano que vem, o que representa um aumento de 2,5% e 2,6%, respectivamente, em relação às previsões anteriores.
O FMI considera que o BCE deve lançar novas medidas não convencionais para apoiar a economia, como o regresso à compra de dívida pública dos países em dificuldades.
Juntamente com estas medidas será necessário que os “países da periferia” (entre os quais se inclui Portugal) mantenham “o seu empenho nas reformas estruturais”.
O FMI considera que há riscos de novas restrições ao crédito na periferia da zona euro e dá o exemplo dos países resgatados, como Portugal, onde há uma contração dos empréstimos às famílias e empresas.
Pronto! Ficamos a saber que o pior ainda está para vir, só faltou explicar aos leigos que pagam a conta, onde está a origem de tais convulsões, que não devem ter nada a ver com os cidadãos…
Pronto! Também ficamos a saber, que na zona euro (sempre a zona euro!) a coisa vai de mal a pior, só faltou explicar aos leigos que pagam a conta, onde está a origem de tais discrepâncias, que não devem ter nada a ver com a Grécia (de que já nem falam)…
Pronto! Ficamos a saber que a maior economia do mundo, que está tão à rasca como nós, pode piorar a economia mundial (afinal nem é o euro, nem a Grécia), diz-se que por ter umas máquinas que fazem notas e se acelerarem o seu fabrico reduzem o seu valor e pagam mais depressa o que devem…
Pronto! Começamos a perceber o “efeito borboleta”, que como dizem começa na China (agora em vários pontos do globo) e pelos vistos já chegou à América Latina e vice-versa… Isto ainda não tem nada a ver com o precipício dos EUA.
Pronto! Constatamos que os países emergentes não podem emergir demais, por razões que tem a ver com a física, porque a partir de certa altura a força de gravidade começa a funcionar…
Pronto! Parece que só Angola se safa da “teoria do caos”, mas para não se esticarem muito, “preveem” que o preço do petróleo, em que se baseia a economia angolana, vai baixar. E provavelmente por isso as distribuidoras estão a aumentar semanalmente o preços dos carburantes, para o “pé de meia” de que necessitam e antes de o governo decidir que uma Entidade Reguladora deve existir e regular mesmo este forrobodó…
Pronto! Ficamos a saber, realmente, que a capitalização dos bancos com o empréstimo da troika, que nós cidadãos estamos a pagar, para além de estar a beneficiar banqueiros e acionistas (que não querem pagar impostos sobre o capital), pioram a Dívida Pública (está a ver Dr. Paulo Portas! Não são os Funcionários Públicos que aumentam a dívida do Estado) e em vez de ficarmos a dever menos, ficamos a dever mais…
Pronto! Alguém vem dizer que por cá tudo vai continuar na mesma, para pior, porque a austeridade tem que aumentar, para aumentar a Dívida até ao limite da paciência e da sobrevivência… Isto até parece um trabalho de doutoramento em sociologia (na Lusófona), para se quantificar o mínimo necessário para se sobreviver nas cidades no Século XXI…
Pronto! Parece que o FMI sabe que o “ajustamento” (AUSTERIDADE) causa fadiga e embora a fadiga nos leve para o sofá, tem receio que nos leve para a rua, como na Grécia e na Espanha, e em vez agradecer a ajuda que nos fatiga, comecemos a protestar e a mandar polícias para o hospital, para não mandar os responsáveis… Só não se entende que os impostos sobre os capitalistas, que até agora só tem embolsado o nosso, levem às mesmas reações dos tributados pelo trabalho…
Pronto! Já não há dúvidas de que o processo de ajustamento orçamental em Portugal, vulgo, medidas de austeridade inevitáveis, estão a correr conforme programado, o que significa que, o aumento da dívida, a capitalização dos bancos, o desemprego, os cortes nos salários, nos subsídios, na Saúde, na Educação e a POBREZA, estava tudo previsto… Sinceridade acima de tudo!
Pronto! Como o plano (sem intervenção) da Espanha é a mesma “chapa 3” aplicada a Portugal, Irlanda e Grécia pela troika, também lá “o processo de ajustamento orçamental” decorrerá como o previsto, empobrecendo os cidadãos, eliminando direitos e reduzindo a soberania…
Pronto! Como o plano (sem intervenção) da Itália é a mesma “chapa 3” aplicada a Portugal, Irlanda e Grécia pela troika, também lá “o processo de ajustamento orçamental” decorrerá como o previsto, empobrecendo os cidadãos, eliminando direitos e reduzindo a soberania…
Pronto! O remédio tem que vir do BCE, que em vez de ajudar os cidadãos, vão ajudar os apoiantes da economia, os bancos (ah!, ah!, ah!), mas só se os cidadãos se comportarem bem (sem manifestações, a não ser pacíficas) e mais do que isso, empenhados nas “reformas estruturais”, mas não é preciso agradecerem…
Pronto! No fim de tanta análise e “soluções”, afinal, mesmo que sejamos bem comportados (com manifestações pacíficas), empenhados e crentes (nas medidas de austeridade), e mesmo que agradecêssemos (o mal que nos fazem), os banqueiros e acionistas podem levar um “manguito” e não haverá crédito para ninguém, porque os políticos e técnicos também já não tem…
E pronto! Quem nos avisa assim nosso amigo não é!

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