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sábado, 9 de abril de 2011

Liberalismo, Neoliberalismo, ou Ultraliberalismo?

Diagrama de Nolan
Deitando, assim, o olho ao eleitorado à esquerda do PS, José Sócrates alertou que "os votos desperdiçados" à esquerda "favorecem o caminho da direita para o poder".
Fazendo duras críticas "à cegueira contra o PS" do PCP e do Bloco de Esquerda, o secretário-geral do PS alertou para o facto de que nas eleições de 5 de Junho "a escolha vai ser entre um Governo liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD".
Continuando na crítica ao PCP e ao BE, Sócrates pediu aos portugueses de esquerda que não cometam "os mesmos erros" que foram cometidos por aqueles partidos e sublinhou: "Só a concentração de votos no PS poderá travar a agenda liberal, aventureira e perigosa" do PSD e, também, do CDS.
O PSD, avisou Sócrates, tem políticas "ultraliberais", que visam acabar com o "tendencialmente gratuito" para a Educação e Saúde e impor o "despedimento livre" no mercando laboral, enquanto o PS quer "um projecto de qualificação da escola pública" e corrigir "os indicadores de rigidez do mercado de trabalho", alinhando por "posições mais favoráveis aos trabalhadores".
O pedido de resgate concretizado esta semana quase passou ao lado do discurso de Sócrates.
Sócrates, depois de limitar a liderança do poder saído das próximas eleições apenas ao PS, ou ao PSd, fez uma leitura do nosso passado democrático e eleitoral, com menos desprezo pelos restantes partidos, como tem feito muitos outros políticos, “analistas”, banqueiros, politólogos, etc., que até se riem publicamente, quando se referem os paridos à esquerda do PS ao contrário, de JS que atirou em todas as direções, da sua esquerda à sua direita, sem discriminação....
Quanto ao BE e PCP, tentou desacreditá-los, desacreditando em consequência os seus eleitores (o que não é muito democrático), mas pediu-lhes os votos.
Em relação CDS, as referências e as críticas políticas não foram muitas, mas não deixou de o catalogar apenas como liberal (o que é mau no seu entender), provavelmente para não fechar Portas a qualquer eventual e necessário acordo pós-eleitoral.
sobre o PSd, principal alvo da metralhada, para além de o responsabilizar pelo “Apocalypse Now alerta-nos para a sua agenda liberal (aventureira e perigosa) e avisa-nos para as suas políticas ultraliberais (mais aventureiras e mais perigosas), na mesma escala das claques desportivas…
Ficamos sem saber se este PS que Sócrates dirige, é liberal, neoliberal (a 3ª via do Blair dos copos), ou ultraliberal, em teoria, porque a prática é que nos permitiu e permitirá classificar as teorias que cada partido adota quando está no poder.
Curioso é Sócrates definir quem é a esquerda e a direita a partir do seu PS, o que o coloca no centro, auto excluindo-se da esquerda.
Entretanto, o
Na ressaca de uma governação socialista “amarrado a uma política de direita”, Bloco e PCP convergiram na urgência de um governo de esquerda, conclusão de um encontro das duas forças. Francisco Louçã instou ao ressurgimento de uma esquerda que se erga num "governo contra a bancarrota", como única saída para a atual situação do país.
"Devemos ter uma política de esquerda contra a bancarrota, que recuse o FMI e que dê consistência a políticas económicas, concentrados naquilo que é essencial: resposta ao desemprego e à recessão", insistiu Louçã.
"O PS está hoje a propor em Budapeste a redução das pensões dos reformados, a redução dos salários". "Por isso é tão importante que a esquerda se erga e que num processo de convergência, de aproximação, diálogos, estabelecimento de pontes, como hoje entre BE e PCP e certamente entre tantas pessoas que partilham a mesma preocupação, haja uma determinação e uma confiança", defendeu, para sublinhar que nesse sentido Bloco e PCP "se têm cruzado na rejeição das políticas de austeridade e de recessão".
PS está "amarrado a política de direita"
Vendo o PS "amarrado a uma política de direita", com um primeiro-ministro determinado em "manter o rumo", Jerónimo de Sousa reiterou que, apesar de não saber "qual vai ser o comportamento do PS depois das eleições”, parece claro que não há disposição para que haja uma “rutura e mudança e encontrar uma solução alternativa, uma política patriótica e de esquerda", propugnando "um envolvimento amplo de todos aqueles que, não sendo do PCP, dos Verdes ou do BE, acham que é tempo de dizer basta e que é preciso um novo caminho".
Sobre a constituição de um "Governo patriótico e de esquerda", Bernardino Soares sublinharia também que é uma "proposta que se dirige a todos" e não "especificamente ao BE".
Francisco Louçã pretende apresentar uma proposta de “unidade à esquerda”, que deixa de lado o PS, por verificar que “há muito vem sacrificando o socialismo e mesmo a tradição social-democrata europeia no altar da terceira via das políticas liberais”.
E no mesmo tempo, em outro lugar, verifica-se que o BE e o PCP, acusam o PS de Sócrates de ter estado e estar amarrado a uma política de direita, que sacrifica o socialismo e mesmo a social-democracia europeia à 3ª via (pragmatismo) das políticas liberais. E por isso, o BE exclui o PS de qualquer acordo da esquerda, enquanto o PCP (pouco convicto) deixa a hipótese no ar.
Neste encontro e no dia a dia político, estes dois partidos, que se classificam de esquerda, englobam também (historicamente) o PS enquanto o PSd e CDS-PP os considera de direita, deixando-nos a pensar que em Portugal não há partidos do centro.
E enquanto no Congresso do PS o pedido de resgate (concretizado esta semana) quase passou ao lado, a preocupação primeira do encontro entre o BE e o PCP centrou-se exatamente sobre as consequências deste pedido de “ajuda”, que no fundo é o que vai definir se a política do próximo governo vai ser liberal, neoliberal, ou ultraliberal…
Pela história recente das intervenções do FMI, pela austeridade que sempre impõe sobre os mais pobres e mais fracos, pelo saque que faz a tudo que é Público (desde que seja rentável) privatizando e distribuindo regalias pelo Privado (setor bancário e financeiro) não há dúvidas de que teremos uma política de Direita, assente em teorias ultraliberais, seja qual for o governo que resulte DA VONTADE DO POVO…
Afinal, vamos votar para quê? E a culpa de quem é? DO POVO!

2 comentários:

  1. Venha o diabo e escolha!
    Que metam o .......ismo pela goela abaixo, para não dizer outra coisa.MAMISMO!É o que querem todos os mãozinhas leves travestidos de políticos sérios.PARASITISMO!É o que querem todos os politiqueiros que fingem que trabalham em prol dos que os elegeram.SUBSIDISMO!É o que o querem todos porcolíticos desta gamela. E muito mais haveria a dizer, mas não tenho o direito de chatear o Miguel nem de abusar deste espaço.

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  2. maria
    Use e abuse do espaço, que é o que eu faço. E se se dá ao trabalho de ler os meus exorcismos, mais direito tem.
    Força nos ISMOS, mas também no nossos COMODISMO!

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