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domingo, 3 de abril de 2011

Um cão que mordeu um homem…

"A receptividade foi a melhor, porque aceitaram de imediato", diz Judite Sousa, directora adjunta de Informação da TVI.
A primeira das 4 conversas com os protagonistas dos bancos privados nacionais acontece amanhã, com Carlos Santos, do BCP; seguindo-se Ricardo Salgado, BES, na terça; Fernando Ulrich, BPI, na quarta; e Nuno Amado, na quinta-feira.
Segundo Judite Sousa: "É imperioso ouvir já os responsáveis da banca privada portuguesa sobre o agravamento da crise financeira em Portugal, a taxa de juros, que está próxima dos 10%, se devemos ou não pedir ajuda ao FMI e os ratings dos bancos, que acabam de ser classificado perto do lixo".
A receptividade do PM demissionário ao pedido da entrevista da TVI, no final do Congresso do PS, segundo Judite Sousa, foi muito boa: "Aceitou de imediato".
Uma entrevista ao PM, José Sócrates, já na próxima segunda-feira, vai inaugurar uma série de entrevistas políticas antes das eleições antecipadas a todos os líderes partidários.
Em véspera de eleições, Nuno Santos anunciou ainda um novo programa de entrevistas de 25 minutos a 10 individualidades, sendo Mário Soares o primeiro convidado. Entre os outros, destacam-se o cardeal patriarca D. José Policarpo, Belmiro Azevedo, Ramalho Eanes, Ricardo Salgado, Jorge Sampaio e Carvalho da Silva.
Sob o lema de “Portugal e o Futuro”, será ainda realizado um programa no próximo dia 6, no qual se pretende "tomar o pulso ao país", ouvindo banqueiros, economistas e políticos.
Já toda a gente ouviu a definição de notícia, que é “quando um homem morde um cão”. Nas “nossas” TVs, parece que a notícia é “quando um cão morde um homem”, ou seja, mais do mesmo, mais dos mesmos, sempre os mesmos.
Vejamos:
Na TVI, parece que é imperioso ouvir os responsáveis da banca privada portuguesa sobre:
  • O agravamento da crise financeira em Portugal;
  • A taxa de juros da dívida externa, que está próxima dos 10%;
  • Devemos ou não pedir ajuda ao FMI e
  • Os ratings dos bancos, que acabam de ser classificado perto do lixo.
Judite de Sousa, que tem a experiência profissional que tem, diz que os intervenientes aceitaram de imediato, enquanto nós desconfiamos que até pagavam para fazerem publicidade, já que os citados banqueiros privados tem-se desdobrado em entrevistas, cá e lá fora, para tentarem influenciar os políticos, de cá e de lá de fora, para que as coisas lhes corram menos mal, dentro daquele princípio dos cangalheiros: “Eu não quero que ninguém morra, só quero que o meu negócio corra”. E quanto às perguntas, qualquer um de nós já sabe as respostas, porque já as ouviu e JS também. Onde está a notícia? E por que só a Banca Privada? Cheira tudo a ideologia pragmática e a manipulação da opinião pública!
Notícia seria entrevistar alguns dos portugueses que estão a sofrer com a irresponsabilidade de todos os agentes executivos, que manipulam o nosso modo de vida, ou entrevistar os banqueiros gregos, irlandeses, argentinos e islandeses, que já tiveram que responder a estas questões e já podem fazer um balanço do que, eventualmente, nos pode esperar.
Curiosa também é a “inocência”, ao dizer que o PM aceitou de imediato uma entrevista. Pudera, também era capaz de pagar algum, ele e o outro….
Entretanto na RTP1, originalidade das originalidades, o novo diretor anuncia como 1ª novidade, uma entrevista ao PM, José Sócrates!
Depois, ouviremos(?) Mário Soares, D. José Policarpo, Belmiro Azevedo, Ramalho Eanes, Ricardo Salgado, Jorge Sampaio e Carvalho da Silva e mais à frente, para tomar o pulso ao país, ouviremos(?) mais uma vez e em 2ª mão, banqueiros, economistas e políticos.
Ora cá estão os mesmos, com alguns cromos repetidos na mesma estação, a dar voz aos seus interesses, fazendo crer que vão sentir o pulso do país, sabendo todos que o país é quem os está a ouvir(?)…
Se a intenção das TVs é informarem os portugueses, que o façam com gente descomprometida e desinteressada, estudiosos e académicos empenhados numa solução e com alternativas, empresários vitimizados, sindicalistas e representantes de movimentos cívicos, sei lá, todos menos estes…
E já agora, que tal arranjarem alguém que diga, tim-tim, por tim-tim, quais são as medidas exatas do (FMI) FEEF, que estes senhores conhecem, mas escondem, em vez de insistirem na “necessidade inquestionável” da sua vinda, nas apostas da data da sua entrada na nossa soberania e na falácia de quem tem obrigação de solicitar essa “ajuda”. Se explicarem, talvez as pessoas não vivam tão assustadas, não explicando é porque a receita não é satisfatória para o país.
Arranjem alguém que consiga morder o calote…

3 comentários:

  1. Uma sem vergonhice, é o que é! Vão p'ra rua e entrevistem o Zé pagante!Já estamos saturados de Armanis e Rosa&Teixeira!

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  2. Já agora...Eu conheço aquele focinho de algum lado.De um canil? Nã...Já sei! De um circo chamado Parlamento! Certo?

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  3. maria
    O focinho, parece-me, o de um banqueiro, mas como a imagem não é minha, não arrisco...

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